Tempos

Talvez seja o tempo de seguir as utopias
e deixar-se ficar no Passado,
qual extinta estrela de brilho tênue,
que apenas raras lentes enxergam.
Talvez seja o tempo
de deixar o trem do Presente,
pois o desejo único de agora
pelo granito da matéria de falso brilho
já não condiz com que viveu
a época de pensar e de sentir.
Talvez, o tempo seja de só olhar.
De recolher papéis, penas e tintas
e guardar as poesias derradeiras,
porque, talvez,
elas já não caibam no mundo.

Lettré, l´art et la Culture. Rio de Janeiro, verão de 2015.

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Thursday, March 19, 2015 - 03:04

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fabiovillela

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