A Biblioteca

O grafite na parede ainda tenta afirmar
a rebeldia que deveria existir.
Mas está gasto, passou seu tempo de viver.

Olhos leem fórmulas intricadas e tratados burocráticos.
Mentes, que se querem brilhantes, julgam-nos certos.
Estarão?

Um jovem de longas barbas e curtas ideias
repete o surrado discurso ancião e ninguém o escuta.
Nem só o grafite morreu.

Amanhã colarão grau, farão Mestrado e farão Doutorado.
Também farão filhos, dividas, casas, muros e poucas pontes.
Farão tudo que tantos fizeram.

E a roda dos iguais
continuará sua eterna ciranda,
pois assim falou Zaratustra.

Lettré, l´art et la Culture. Rio de Janeiro, outono de 2015.

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Wednesday, March 25, 2015 - 23:46

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fabiovillela

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