ESPANTO

Olho pela fresta da janela,
Intrigo-me com o barulho da noite,
A sensação de estar sozinho
No meio de um mundo de pessoas.

O medo de dar o primeiro passo
Que pode perder-se na luz da noite
Que brilha, mas não mostra
A verdadeira imagem do paraíso.

Espanto
Misturando o medo com a confusão.

O encanto
Que espanta.

Continuo a imaginar
Coisas que não consigo compreender
E tento perceber
As coisas que não consigo imaginar.

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Tuesday, August 4, 2009 - 13:21

Poesia :

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Silvino

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Comments

GilBerthoLopes's picture

Re: Detritos de Poesia

Muita satisfação... foi o que senti ao ler sua poesia.
Sinto maturidade, domínio da línguagem, alma de poeta. Parabéns, Silvino. Um abraço

MarneDulinski's picture

Re: Detritos de Poesia

Mestre Silvino!
Detritos de Poesia
Gostei muito, muito mesmo!
Os detritos de uma poesia
Mais não são do que
Os detritos de um homem
Que na palavra se fez poeta;
Que no sofrimento tornou-se trovador;
Que sobre a dor,
Reconstrói o amor;
Que no meio te tanta asneirada do mundo
Consegue encontrar magia
Para escrever sobre a humanidade.
Pergunto: um Poeta assim, não deve ser estimulado; seu poema deixou-me com muita luz, mas também com algumas sombras!
MarneDulinski

Silvino's picture

Re: Detritos de Poesia

... e muita luz...

Silvino's picture

Re: Detritos de Poesia

Olá MarneDulinski,
O seu comentário é estimulador e inpirador até. Fico muito feliz saber que o meu poema lhe deixou luzes e sombras. Afinal, é disso que se faz o mundo: de bem e mal; noite e dia; tristeza e alegria; amor e ódio; luz e sombra.
Um grande abraço e muito obrigado.
Silvino Évora

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