Com o fim de ser feliz.
Demiti a razão real, com fim de ser feliz
Mas deixei um Gogol a cismar com os dedos
Das mãos e não fiz o que me enunciei
Ao maioral dos fracassados homens
Nada do que faço me faz o pensar gordo
E não m’espanto como qualquer um, gozo
Com a ciência como vício e a emoção,
-“Coisa de moles”, que deveria “dar prisão”
(De ventre).Temerário por definição,
Nas palavras que exprimem quem sou-não,
Pois revolta-me ter, todos os dias de igual,
A camisola e os botões da braguilha abertos.
Com o fim de ser feliz, tomei o café da manhã,
Um expresso, (o melhor desde que me conheço)
De braços abertos, entrei no obediente que sei existir
Em mim e que me leva ao sétimo andar direito
Do prédio por acabar e o Senhor deixou por-bem
Meio-aberto. Quem me conhece sabe que dedico
O meu nariz a sondar comigo, o meio onde vivo,
O que o cheiro me revela, torna-se ópio pego ao céu-
Da-boca e no umbigo meu e a razão da felicidade,
Quer seja ou não perceptual ou comum extracto vegetal.,
Que da natureza fui buscar. Sou feliz porque não penso,
Abdiquei espontaneamente dos baraços da alma,
Da mesquinhez de Sacrossantas afeições e símbolos,
Deixei-os…com o fim de ser feliz.
Joel Matos (10/2014)
http://namastibetpoems.blogspot.com
Submited by
Ministério da Poesia :
- Login to post comments
- 511 reads
Add comment
other contents of Joel
Topic | Title | Replies | Views | Last Post | Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/General | Voltam não. | 0 | 1.918 | 02/05/2014 - 21:30 | Portuguese | |
Poesia/General | Talvez o sonho do mar seja o meu pensamento. | 0 | 1.824 | 02/04/2014 - 18:11 | Portuguese | |
Poesia/General | Inda que longe pareça. | 0 | 2.572 | 02/01/2014 - 10:13 | Portuguese | |
Poesia/General | O dia em que decidi morrer. | 0 | 3.200 | 01/28/2014 - 19:18 | Portuguese | |
Poesia/General | Curtos dedos | 0 | 2.068 | 01/27/2014 - 19:58 | Portuguese | |
Poesia/General | Imprevisivel | 0 | 1.733 | 01/24/2014 - 11:03 | Portuguese | |
Poesia/General | Noção de tudo ser menor que nada | 0 | 1.771 | 01/23/2014 - 18:14 | Portuguese | |
Poesia/General | Estátuas de cal-viva. | 0 | 1.836 | 01/21/2014 - 17:52 | Portuguese | |
Poesia/General | Poeta acerca | 0 | 2.091 | 01/14/2014 - 18:38 | Portuguese | |
Poesia/General | O ruído da rua... | 3 | 1.330 | 12/04/2013 - 22:08 | Portuguese | |
Poesia/General | Como um pensamento que te s'crevo... | 0 | 1.677 | 11/22/2013 - 17:27 | Portuguese | |
Poesia/General | Daqui até ao fim é um pulo | 0 | 1.358 | 11/20/2013 - 16:48 | Portuguese | |
Poesia/General | Às outras coisas que de mim conheço... | 0 | 1.783 | 11/20/2013 - 16:46 | Portuguese | |
Poesia/General | Nem os olhos m'alembram... | 3 | 1.733 | 11/19/2013 - 18:14 | Portuguese | |
Poesia/General | Diáfana Profissão... | 0 | 4.476 | 11/19/2013 - 16:47 | Portuguese | |
Poesia/General | Não paro,não escolho e não leio... | 0 | 1.497 | 11/19/2013 - 16:46 | Portuguese | |
Prosas/Others | O regressO | 0 | 1.761 | 11/18/2013 - 11:09 | Portuguese | |
Prosas/Others | Mad'In China... | 0 | 2.455 | 11/18/2013 - 11:08 | Portuguese | |
Poesia/General | Lágrimas de Pedra... | 0 | 1.813 | 11/18/2013 - 11:06 | Portuguese | |
Poesia/General | Pleno de sonhos | 0 | 1.232 | 11/18/2013 - 11:04 | Portuguese | |
Poesia/General | Deus,que é feito de ti... | 0 | 1.656 | 11/18/2013 - 11:03 | Portuguese | |
Poesia/General | Sei que um demente não pode ser levado a sério... | 0 | 3.586 | 11/15/2013 - 16:51 | Portuguese | |
Poesia/General | A casa dos sonhos | 0 | 2.051 | 11/15/2013 - 16:50 | Portuguese | |
Poesia/General | E já nem certo estou do meu pensamento. | 0 | 1.916 | 11/15/2013 - 16:49 | Portuguese | |
Poesia/General | Como se fosse do céu... seu dono | 0 | 1.782 | 11/13/2013 - 13:23 | Portuguese |
Comments
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
Abdiquei espontaneamente dos baraços da alma,
Abdiquei espontaneamente dos baraços da alma,