Com o fim de ser feliz.

Demiti a razão real, com fim de ser feliz
Mas deixei um Gogol a cismar com os dedos
Das mãos e não fiz o que me enunciei
Ao maioral dos fracassados homens

Nada do que faço me faz o pensar gordo
E não m’espanto como qualquer um, gozo
Com a ciência como vício e a emoção,
-“Coisa de moles”, que deveria “dar prisão”

(De ventre).Temerário por definição,
Nas palavras que exprimem quem sou-não,
Pois revolta-me ter, todos os dias de igual,
A camisola e os botões da braguilha abertos.

Com o fim de ser feliz, tomei o café da manhã,
Um expresso, (o melhor desde que me conheço)
De braços abertos, entrei no obediente que sei existir
Em mim e que me leva ao sétimo andar direito

Do prédio por acabar e o Senhor deixou por-bem
Meio-aberto. Quem me conhece sabe que dedico
O meu nariz a sondar comigo, o meio onde vivo,
O que o cheiro me revela, torna-se ópio pego ao céu-

Da-boca e no umbigo meu e a razão da felicidade,
Quer seja ou não perceptual ou comum extracto vegetal.,
Que da natureza fui buscar. Sou feliz porque não penso,
Abdiquei espontaneamente dos baraços da alma,

Da mesquinhez de Sacrossantas afeições e símbolos,
Deixei-os…com o fim de ser feliz.

Joel Matos (10/2014)

http://namastibetpoems.blogspot.com

Submited by

Saturday, March 3, 2018 - 14:07

Ministério da Poesia :

Your rating: None Average: 5 (1 vote)

Joel

Joel's picture
Offline
Title: Membro
Last seen: 8 weeks 5 days ago
Joined: 12/20/2009
Posts:
Points: 42009

Comments

Joel's picture

.

.

Joel's picture

.

.

Joel's picture

.

.

Joel's picture

.

.

Joel's picture

.

.

Joel's picture

.

.

Joel's picture

.

.

Joel's picture

.

.

Joel's picture

.

.

Joel's picture

Abdiquei espontaneamente dos baraços da alma,

Abdiquei espontaneamente dos baraços da alma,

Add comment

Login to post comments

other contents of Joel

Topic Title Replies Views Last Postsort icon Language
Poesia/General Não mudo 0 1.453 01/13/2011 - 13:53 Portuguese
Prosas/Lembranças Cruz D'espinhos 0 4.785 01/13/2011 - 12:02 Portuguese
Prosas/Contos Núri'as Ring 0 1.680 01/13/2011 - 12:01 Portuguese
Poesia/Fantasy Roxxanne 0 2.789 01/13/2011 - 12:00 Portuguese
Poesia/General Oração a um Deus Anão 0 2.771 01/13/2011 - 11:58 Portuguese
Prosas/Saudade O-Homem-que-desenhava-sombrinhas-nas-estrelas 0 1.794 01/13/2011 - 11:57 Portuguese
Poesia/General O fim dos tempos 0 2.121 01/13/2011 - 11:52 Portuguese
Poesia/General Terra á vista 1 987 01/13/2011 - 02:13 Portuguese
Prosas/Lembranças sete dias de bicicleta pelo caminho de Santiago francês 0 4.258 01/13/2011 - 00:58 Portuguese
Poesia/General Não sei que vida a minha 1 994 01/12/2011 - 22:04 Portuguese
Poesia/General o céu da boca 0 1.733 01/12/2011 - 16:50 Portuguese
Poesia/General Dispenso-a 0 1.201 01/12/2011 - 16:38 Portuguese
Poesia/General estranho 0 2.593 01/12/2011 - 16:36 Portuguese
Poesia/General comun 0 1.928 01/12/2011 - 16:34 Portuguese
Poesia/General desencantos 0 1.222 01/12/2011 - 16:30 Portuguese
Poesia/General Solidão não se bebe 1 1.202 01/12/2011 - 03:11 Portuguese
Poesia/General Nem que 3 1.263 01/11/2011 - 11:39 Portuguese
Poesia/General Manhã Manhosa 2 1.637 01/11/2011 - 11:25 Portuguese
Poesia/Erotic Seda Negra 1 1.253 01/11/2011 - 00:19 Portuguese
Poesia/Meditation Om... 1 3.610 01/11/2011 - 00:11 Portuguese
Poesia/General VOLTEI 2 2.950 01/11/2011 - 00:09 Portuguese
Prosas/Mistério O Chico Das Saias 0 2.185 01/09/2011 - 21:26 Portuguese
Prosas/Lembranças Nunca Mais 0 1.507 01/09/2011 - 21:22 Portuguese
Prosas/Lembranças Versus de Montanya Mayor 0 3.015 01/09/2011 - 21:20 Portuguese
Prosas/Contos Free Tibet 0 1.777 01/09/2011 - 21:14 Portuguese