AutoGraphya
Actografia
Actografia
Creio no universo como um homem vulgar,
Não tenho filosofia que me defina,
Nem lugar em que gostasse de falecer,
Não consinto a vida, assimilo-a como a morfina,
Recolho-a nos campos e onde me deixam colher.
Acervo, incorporo tal-qual cobra, a peçonha,
Hasteio-a na haste mais fina que houver,
Enquanto flor do estio, fonte do sol, neblina,
Embora possua um instinto próprio de mulher
É o corpo e não a frágil alma destas que me fascina,
Autista no que exijo e existo sem o que conheço eu, entender,
Como se tudo fosse uma farsa da negação minha,
Disposta a tudo e ao que deus quiser, se isso doer,
O sol-pôr é um analgésico, uma agonia Celestina,
Com ele me uno a disciplina de desaprender,
E as inocentes crenças do virar das’quina,
Verdades transitórias e de aluguer…
Porque, como disse, não faço uso da inteligência divina,
(limito-me à opinião por estabelecer)
Tenho a demência, como estranha e inexplicativa vizinha,
Profundamente hipócrita na sua naturalidade e ilusão de freelancer.
Estou cansado de ser forçado a querer,
Mas não creio no universo que me dizem existir,
Já que a máquina de mentir fui eu que a criei.
Serei realmente gente?
Joel Matos (02/2011)
http://namastibetpoems.blogspot.com
Submited by
Ministério da Poesia :
- Login to post comments
- 4937 reads
Add comment
other contents of Joel
Topic | Title | Replies | Views | Last Post | Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Ministério da Poesia/General | até ao adeus | 0 | 2.385 | 11/19/2010 - 19:16 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | poiais terrenos | 0 | 5.264 | 11/19/2010 - 19:16 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | poiais terrenos | 0 | 2.210 | 11/19/2010 - 19:16 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | frangalhos de sonhos | 0 | 3.581 | 11/19/2010 - 19:16 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | tô aqui no sem-fim | 0 | 1.828 | 11/19/2010 - 19:16 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | salvemos o planeta nosso | 0 | 2.024 | 11/19/2010 - 19:16 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aphorism | raio de sol | 0 | 2.935 | 11/19/2010 - 19:16 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Dedicated | phyllis | 0 | 5.616 | 11/19/2010 - 19:16 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Sadness | Tal me fez Pessoa. | 0 | 2.060 | 11/19/2010 - 19:16 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | arch-au-ciel | 0 | 5.121 | 11/19/2010 - 19:16 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aphorism | abrunhos | 0 | 5.527 | 11/19/2010 - 19:16 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aphorism | irmã tua | 0 | 3.349 | 11/19/2010 - 19:16 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Dedicated | vivo ao teu lado | 0 | 2.363 | 11/19/2010 - 19:16 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aphorism | pinoquio | 0 | 3.397 | 11/19/2010 - 19:16 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aphorism | secretos segredos | 0 | 3.872 | 11/19/2010 - 19:16 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aphorism | me rendo | 0 | 3.641 | 11/19/2010 - 19:16 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aphorism | Mandala de papel | 0 | 2.437 | 11/19/2010 - 19:16 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aphorism | maquina do tempo | 0 | 3.447 | 11/19/2010 - 19:16 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aphorism | cheiro de vento | 0 | 3.165 | 11/19/2010 - 19:16 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aphorism | sei | 0 | 3.596 | 11/19/2010 - 19:16 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aphorism | espanto | 0 | 4.669 | 11/19/2010 - 19:16 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aphorism | coraçaõ largo | 0 | 2.198 | 11/19/2010 - 19:16 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aphorism | sempre | 0 | 3.233 | 11/19/2010 - 19:16 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aphorism | quando | 0 | 3.639 | 11/19/2010 - 19:16 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/Aphorism | Balada para um turco | 0 | 3.221 | 11/19/2010 - 19:16 | Portuguese |
Comments
Creio no universo como um
Creio no universo como um homem vulgar,
Creio no universo como um
Creio no universo como um homem vulgar,
Creio no universo como um
Creio no universo como um homem vulgar,
Creio no universo como um
Creio no universo como um homem vulgar,
Creio no universo como um
Creio no universo como um homem vulgar,
Creio no universo como um
Creio no universo como um homem vulgar,
Creio no universo como um
Creio no universo como um homem vulgar,
Creio no universo como um
Creio no universo como um homem vulgar,
Creio no universo como um
Creio no universo como um homem vulgar,
Estou cansado de ser forçado a querer,
Estou cansado de ser forçado a querer,