O vento que flutua no silêncio
Chora a alma no silêncio da madrugada
Sem que ninguém possa ouvir
A desilusão que sufoca o coração
E o empurra para o abismo sem fim.
Uma tristeza sem limites
Como dinamites a explodir o sentimento
Derrubando-o pela escarpa do tempo
Que não passa...tortura!
Medo e sobressalto
Nas vozes que perturbam-me
Minha alma está destroçada
Misturada a ossos e poeiras.
Destruição que arromba os meus olhos
Num sentimento de angústia
Que culmina em ruínas de lágrimas.
Mágoas soterram o meu rosto
E vivo sob entulhos de escuridão
Meu coração vive em pulsação
Nas realidades de sonhos nos escombros.
Os ruídos perturbam a minha mente
E, no chão, desabo desconsolado
Onde meus passos são desmantelado
Por um caminho triste e inóspito.
A madrugada não termina
E minha dor arrasa-me a alma
Meus prantos não podem ser ouvidos
Pois o vento flutua no silêncio.
Os gritos são abafados na escuridão
Que dilacera o meu sentimento
Na solidão das minhas noites
Não há uma razão para a esperança.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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