Patchwork...

Neo-Expressionism in Iranian Contemporary Art

Nunca senti tanta e tamanha antipatia
Pelo papel canelado e pelo patchwork
Consistente do plano, conservador
Este que transforma o bílis da vesícula

Em acto sentimental aos piedosos atrevidos,
Inspectores da mente pra quem tudo é quebrado,
Antigo, descrente descontinuado, carente sexual
Ou até mesmo dissidente quanto um sarcófago.

Se na vida pudesse crer-me existente e real,
Duvidaria que no mundo existisse vida assim,
Pois tive agora mesmo,
De rompante a sensação que não há lá fora nada,

Nada existe fora de mim que valha a pena ser vivido,
Por isso vivo por dentro o que posso viver sem mesmo,
Como se fosse eu o único ser vivo desse mundo sem vida,
Sem gente, que nem sei se existe ao certo,

Nem dentro de mim de peito aberto cabe,
Não creio nem é do meu credo, odeio
Acreditar pleno em nada, nem haver no mundo
Uma Paisagem tão árida, tão em ferida funda e frouxa,

Tão temida pelo vento tão gélida e negra,
Quanto esta minha antipatia
Plana, mecânica quanto o papelão canelado,
Inexistente sem Patchwork.

Jorge Santos 01/2020
http://namastibetpoems.blogspot.com

Submited by

Wednesday, January 8, 2020 - 14:05

Ministério da Poesia :

Your rating: None Average: 5 (1 vote)

Joel

Joel's picture
Offline
Title: Membro
Last seen: 1 day 23 hours ago
Joined: 12/20/2009
Posts:
Points: 42009

Comments

Joel's picture

Obrigado pela leitura e pelos momentos em que partilho

Obrigado pela leitura e pelos momentos em que partilho

Joel's picture

obrigado pela leitura e pela partilha

Obrigado pela leitura e pelos momentos que partilho

Add comment

Login to post comments

other contents of Joel

Topic Title Replies Views Last Postsort icon Language
Poesia/General farol 0 2.065 12/16/2010 - 22:55 Portuguese
Poesia/General Na Pressa de Chegar 0 2.764 12/16/2010 - 22:54 Portuguese
Poesia/General Frases Partidas 0 1.833 12/16/2010 - 22:53 Portuguese
Poesia/General No cair do Medo 0 1.530 12/16/2010 - 22:52 Portuguese
Poesia/General Falta de definição 0 925 12/16/2010 - 22:50 Portuguese
Poesia/Intervention Voto em Branco 0 1.170 12/16/2010 - 22:49 Portuguese
Poesia/General Quem Sonhou o Amor 0 1.669 12/16/2010 - 22:47 Portuguese
Poesia/General O fim dos tempos 0 1.374 12/16/2010 - 22:45 Portuguese
Poesia/General Cordéis ,Seis 0 1.428 12/16/2010 - 22:40 Portuguese
Poesia/General Palavras Meias 0 1.319 12/16/2010 - 22:30 Portuguese
Poesia/General Y GREGO 0 1.794 12/16/2010 - 22:28 Portuguese
Poesia/General Muda esperança 0 1.198 12/16/2010 - 22:27 Portuguese
Poesia/General Sou D'tod'o TaMaNhO 0 1.405 12/16/2010 - 22:25 Portuguese
Poesia/General Cabra Cega 0 1.308 12/16/2010 - 22:23 Portuguese
Poesia/General Fuga do dia 0 975 12/16/2010 - 22:21 Portuguese
Poesia/Fantasy 0 1.413 12/16/2010 - 22:20 Portuguese
Poesia/Dedicated Um pouco de Tu 0 1.175 12/16/2010 - 22:17 Portuguese
Poesia/Fantasy O Licórnio 0 1.440 12/16/2010 - 22:16 Portuguese
Poesia/General Cheiro a beijo 0 1.228 12/16/2010 - 22:12 Portuguese
Poesia/General Viagem sem retorno 0 801 12/16/2010 - 22:05 Portuguese
Poesia/General Pouco m'importa 0 1.332 12/16/2010 - 22:03 Portuguese
Poesia/Fantasy Navio fantasma 0 1.727 12/16/2010 - 22:00 Portuguese
Poesia/General Lilith 0 1.118 12/16/2010 - 21:59 Portuguese
Poesia/Intervention Canção do pão 0 1.569 12/16/2010 - 21:54 Portuguese
Poesia/General O último poema 0 775 12/16/2010 - 21:52 Portuguese