Corro Sempre Para o Mar
Eu,
rio que sempre corro,
em planície ou morro,
para longe, sem cessar.
Meu
leito, eu seco, e não morro,
nunca peço socorro,
com a chuva, hei de voltar.
Vou,
calmaria, eu evito,
correnteza, eu agito,
como lágrim'a rolar.
Pois,
águas, eu levo aflito,
e num gesto bendito,
as entrego para o mar.
As águas doces se tornam salgadas.
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Saturday, October 3, 2009 - 05:47
Poesia :
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Comments
Re: Corro Sempre Para o Mar
Roberto,
É interessante como o mar nos remete tantas coisas diferentes: limpesa e pureza, tranquilidade e calma... ao mesmo tempo força e perigo, suntuosidade e desconhecido... Mas, a questão é, que quando queremos refletir, "limpar", purificar...Para onde vamos? Para o mar!
Adorei!
Re: Corro Sempre Para o Mar
Oi, Flávia.
Parece que o mar é, metaforicamente, o local aonde vão se juntar todas as nossas, por assim dizer, "coisas", ou seja, tudo o que acontece conosco, seja do ponto de vista externo, como interno, através de nosso caminho simbolizado pelo rio, tudo somado ao que não aconteceu conosco e a tudo aquilo que perdemos no decorrer desse caminho espaço-tempo-ideal. Portanto, tuas palavras são repletas de sabedoria, uma vez que tudo o que relataste, sempre procuramos, buscamos e/ou encontramos nesse mar.
Muito obrigado pelas tuas muito sábias palavras.
Um grande abraço,
Roberto
Re: Corro Sempre Para o Mar
Roberto,
Eu quem agradeço poder ler nas entrelinhas das ondas de teu mar palavras, mensagens e reflexões que nos levam a refletir na areia, no quebra-mar...
Re: Corro Sempre Para o Mar
RobertoEstevesdafons!
Corro Sempre Para o Mar
Pois,
águas, eu levo aflito,
e num gesto bendito,
as entrego para o mar.
Lindo, gostei!
MarneDulinski
Re: Corro Sempre Para o Mar
Marne,
Muito obrigado pelas tuas palavras tão amáveis.
Um abração,
Roberto