As Esquinas
As Esquinas
Nascem nas esquinas os pobres anjos
Sonolentos, descrentes do seu destino
Nascem nelas e nelas sorrindo morrem
Sonolentos, creem que são bons meninos
Até a música parece lenta, sonolenta
Pouca luz que embriaga pobres anjos
As cortinas negras escondem sonhos
A fumaça é neblina quente, perfumada
Cansaram de cheirar neblina na calçada
Cheiram agora neblina nas esquinas
E tem gente fabricando lindas cortinas
Tecem as brancas para cobrir as negras
Tecem nada, nada tecem os tecelões
Suas cortinas são sempre as mesmas
Cortinas que escondem quentes neblinas
Que escondem anjos frios e pesadelos
Submited by
Sunday, January 31, 2010 - 23:45
Poesia :
- Login to post comments
- 636 reads
Add comment
Login to post comments
Comments
Re: As Esquinas
Como pode alguém passar pelas «Esquinas» e não as comentar?
Arrepiantemente belo.
Re: As Esquinas
LINDO POEMA, GOSTEI MUITO!
Meus parabéns,
Marne