Amor
O amor...
corda que me asfixia
e me liberta,
dardo envenenado
na noite fria,
(antídoto?)
da noite solitária
porque não estás perto.
.
Derrame no passeio
da alma quase desfeita,
no luar, rasgo de permeio.
Acaso tens dúvida
que sempre foste
a eleita?
.
O amor...
raio que veio num instante
aninhar-se neste peito sem vida,
plantar suas raízes de rosa,
escrever delírios numa prosa,
real mandamento
constante:
Desta existência sofrida.
.
Olhos que vêem e serenam,
coração que sente e se acalma,
distância à beira-mar...
.
Amor...
Que sem ti nada tem sentido,
todo o instante é um atentado ao corpo,
um constante perigo,
garra que me deixa como morto
à espera que me salves
de ficar para sempre só comigo.
.
Abro as peças de um puzzle
e coloco-as todas ao contrário...
Talvez vejas a minha dor
abrindo então a porta
que me tranca num armário.
.
Amor...
Que da janela as gaivotas choram
A minha imensa nostalgia,
no meu peito nunca se demoram,
não suportam que eu não sorria.
.
A mágoa, esta sina, esta dor...
de querer-te tanto tanto tanto...
de sentir por ti tanto tanto amor...
(Dedicado à estrela que iluminará para sempre o meu coração, seja qual for a escuridão que nele viva. Mesmo que doa, mesmo que seja difícil. Ao amor... ao amor da minha vida!)
rainbowsky
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Comments
Re: Amor
Um belo hino ao amor.
Vitor
Re: Amor
Belo poema de amor
"O amor...
corda que me asfixia
e me liberta,
dardo envenenado
na noite fria,
(antídoto?)
da noite solitária
porque não estás perto."
Abraço
Nuno
Re: Amor
LINDO POEMA, GOSTEI MUITO!
(Dedicado à estrela que iluminará para sempre o meu coração, seja qual for a escuridão que nele viva. Mesmo que doa, mesmo que seja difícil. Ao amor... ao amor da minha vida!)
Meus parabéns,
Marne
Re: Amor
"corda que me asfixia
e me liberta,"
mais palavras para que?
Re: Amor
Gostei bastante deste poema.
Parabéns, caro amigo.
Um abraço,
Roberto
Re: Amor
O amor, o poeta chama-lhe dor!!!
Bom poema!!!
:-)