O desejo de instantes
Ciúmes, eu?
Por te amar deitado
sobre um punhal
do meu desejo
de instantes?
O teu corpo
É meu.
A tua alma, não!
Dizes ao mundo
Os nossos desencontros
O teu desgosto
De não te pertencer.
Amar-te é
Cativeiro.
É ilusão difusa
Desconforto combalido
Em convicção.
Ciúmes, eu?
Da minha loucura, talvez.
Sei que me perdoas
E voltarás a deitar-te
Comigo
No fio do punhal.
Afinal,
O meu corpo é teu.
A minha alma?
Tens de a conquistar
Cortando-me
O desejo de instantes.
JFV
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Thursday, March 4, 2010 - 17:00
Poesia :
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Comments
Re: O desejo de instantes
Palavras escritas com alma! :-)
Re: O desejo de instantes
Olá o poema é lindo
BEL
Re: O desejo de instantes
Olá bel.
Pergunta pertinente.
Foi escrito à instantes e estou a rele-lo.
Por te amar deitado
sobre um punhal
do meu desejo
de instantes?
O teu corpo
É meu.
A tua alma, não!
O sentido é apenas o puro desejo do corpo. "A tua alma, não!" (O não compromisso, a não aceitação da alma.O receio do amor). No final ele diz " o meu corpo é teu." pergunta: "A minha alma? Tens de a conquistar cortando-me o desejo de instantes"
Ou seja: a alma (dela) lhe vir a pertencer ( a ele),finalmente a aceitação das almas se partilharem, a hipótese de amar.
É essa a minha leitura. Talvez não seja a certa. :-)
Obrigado por ter comentado, espero que leia este, não conheço outra forma de entrar em contacto consigo por aqui.
Abraço,
JFV
Re: O desejo de instantes
LINDO POEMA, GOSTEI MUITO!
Meus parabéns,
Marne