Ruas
Passos cotidianos
dispostos em equilíbrio raro
nas ruas de labirinto
da cidade em penumbra.
Prenúncios e ausências doloridas;
presságios, verdades e mentiras.
Vias em lâminas cortantes,
veias expressas em sangue,
sobre o asfalto de ouro negro e podre,
perco-me em vestes de andrajos,
encontro meus pensamentos
na branca sinalização
que induz, silenciosa,
à direção alguma.
Ela é a senhora - a rua
- eu sou o varão de estirpe:
em tom de valsa
percorro-a;
hesito-a;
com angústia rouca,
apostólica romana,
degluto-a
- a rua.
Narcisicamente capto
sinais intensos e coloridos
e não freio
ao vermelho. (Ana Patricia Maximo)
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Wednesday, August 4, 2010 - 22:29
Poesia :
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Comments
Re: Ruas
Olá Ana.
Por muitas ruas que percorras espero que encontres sempre o cminho do WAF :-)
Gostei verdadeiramente.
Só não sei dançar a valsa!
rainbowsky
Re: Ruas
Gostei de ler…
Parabéns