Fui beber um copo com a Lia Pansy
Fui beber um copo com a Lia Pansy
Vesti-me a rigor para o encontro. Muni-me de todos os acessórios necessários para romper a blogosfera: Uma flor na lapela do casaco debruado a nafta; um livro denunciador debaixo do braço.
Ficamos de nos encontrar na Rua de Angola.
Cheguei atrasado. Estavas vestida de índia à minha espera. Os teus cabelos negros escorriam dos teus ombros, e desaguavam no colo das crianças da primeira fila, que entretidas, fiavam delicadas tranças sossegadas.
António Zumaia já havia servido as entradas: Poemas gratinados em molho de rosas; pequenas prosas envolvidas em massa folhada.
Provei todas, como que tomado de súbito apetite, mas sabendo que a minha fome eras tu.
Tu, que me habituei a tratar por “Lia do meu poema”. Tu que me lias.
O Poeta Mário Margaride chegou. Leu em voz alta o cardápio da noite:
- Êxtases para os amigos, flanbejados em cognac de corpos destilados, e para sobremesa, mil sonhos de amor em doce molho de açúcar caramelizado. (Goreti, serviu...)
O vinho levava eu, escondido nos olhos. Bebemos em copos “neguinhos” a alma de cada um, e no final sobrou um rio.
Ah! E um livro.
(A propósito da apresentação do livro de Lia Pansy - "Os meus Êxtases" - Biblioteca Municipal de Gaia, 14 de Março de 2008)
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