Poesias Inéditas - Poemas dos Dois Exílios - Vou com um passo como de ir parar

Vou com um passo como de ir parar

Vou com um passo como de ir parar
Pela rua vazia
Nem sinto como um mal ou mal-'star
A vaga chuva fria...

Vou pela noite da indistinta rua
Alheio a andar e a ser
E a chuva leve em minha face nua
Orvalha de esquecer ...

Sim, tudo esqueço.Pela noite sou
Noite também
E vagaroso eu ...> vou,
Fantasma de magia.

No vácuo que se forma de eu ser eu
E da noite ser triste
Meu ser existe sem que seja meu
E anônimo persiste ...

Qual é o instinto que fica esquecido
Entre o passeio e a rua?
Vou sob a chuva, amargo e diluído
E tenho a face nua.

Fonte: http://www.secrel.com.br/jpoesia/fpesso.html

Submited by

Tuesday, September 29, 2009 - 15:05

Poesia Consagrada :

No votes yet

FernandoPessoa

FernandoPessoa's picture
Offline
Title: Membro
Last seen: 14 years 19 weeks ago
Joined: 12/29/2008
Posts:
Points: 745

Add comment

Login to post comments

other contents of FernandoPessoa

Topic Title Replies Views Last Postsort icon Language
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Enfia a agulha 0 1.362 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Entre o luar e o arvoredo 0 1.147 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Entre o sossego e o arvoredo 0 1.201 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Epitáfio Desconhecido 0 942 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Era isso mesmo 0 1.045 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Eram Varões Todos 0 1.123 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - É um campo verde e vasto 0 1.141 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Eu 0 821 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Eu amo tudo o que foi 0 897 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Eu me resigno. Há no alto da montanha 0 1.192 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Eu tenho idéias e razões 0 1.481 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Exígua lâmpada tranqüila 0 793 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Falhei. Os astros seguem seu caminho 0 875 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Doze signos do céu o Sol percorre 0 1.679 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Durmo, cheio de nada, e amanhã 0 831 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Durmo. Regresso ou espero? 0 1.169 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - E a extensa e vária natureza é triste 0 899 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - É boa ! Se fossem malmequeres ! 0 1.188 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - O Louco 0 1.002 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Eh, como outrora era outra a que eu não tinha ! 0 747 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - É Inda Quente 0 829 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - E ou jazigo haja 0 882 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - É uma brisa leve 0 1.012 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - E, ó vento vago 0 646 11/19/2010 - 15:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Em outro mundo, onde a vontade é lei 0 1.092 11/19/2010 - 15:55 Portuguese