Cancioneiro - Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser.
É alta, de um louro escuro.
Faz bem só pensar em ver
Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem
(Se ela tivesse deitada)
Dois montinhos que amanhecem
Sem Ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco
Assenta em palmo espalhado
Sobre a saliência do flanco
Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco.
Tem qualquer coisa de gomo.
Meu Deus, quando é que eu embarco?
Ó fome, quando é que eu como?

Fonte: http:// www.ciberfil.hpg.ig.com.br

Submited by

Wednesday, September 30, 2009 - 15:46

Poesia Consagrada :

No votes yet

FernandoPessoa

FernandoPessoa's picture
Offline
Title: Membro
Last seen: 13 years 46 weeks ago
Joined: 12/29/2008
Posts:
Points: 745

Add comment

Login to post comments

other contents of FernandoPessoa

Topic Title Replies Views Last Postsort icon Language
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Em toda a noite o sono não veio 0 846 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Deixo ao cego e ao surdo 0 594 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Depois que o som da terra, que é não tê-lo 0 950 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Depois que todos foram 0 969 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Desfaze a mala feita pra a partida ! 0 571 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Desperto sempre antes que raie o dia 0 1.073 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Deus não tem unidade 0 968 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Deve chamar-se tristeza 0 653 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Do fundo do fim do mundo 0 843 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Dói-me no coração 0 738 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Dói-me quem sou. E em meio da emoção 0 1.628 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Do meio da rua 0 778 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Dorme, criança, dorme 0 817 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Dormir! Não Ter desejos nem 'speranças 0 1.074 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Do seu longínquo reino cor-de-rosa 0 893 11/19/2010 - 16:55 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Cheguei à janela 0 912 11/19/2010 - 16:54 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Chove. Que fiz eu da vida ? 0 680 11/19/2010 - 16:54 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Clareia cinzenta a noite de chuva 0 1.173 11/19/2010 - 16:54 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Começa, no ar da antemanhã 0 695 11/19/2010 - 16:54 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Como às vezes num dia azul e manso 0 456 11/19/2010 - 16:54 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Como é por dentro outra pessoa 0 788 11/19/2010 - 16:54 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Como nuvens pelo céu 0 902 11/19/2010 - 16:54 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Como um vento na floresta 0 947 11/19/2010 - 16:54 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - Criança, era outro... 0 665 11/19/2010 - 16:54 Portuguese
Poesia Consagrada/General Poesias Inéditas - De aqui a pouco acaba o dia 0 849 11/19/2010 - 16:54 Portuguese