UM RAIO DE SOL


Um raio de Sol
Numa planície devastada
Solitária me sinto um girassol
À beirinha da estrada.

Rezo para dentro uma prece
Oculto os olhos humedecidos
A Vida é espiral que desce
Já se desvanecem meus sentidos.
Os meus passos já incertos
Começo a agitar-me
Os braços trago abertos
Deixo ainda à Vida abraçar-me.

De acordo com a minha consciência
Peço ao tempo um pouco de clemência.

Temo o que me vem ao pensamento
Visão que me deixa em aflição
Dum futuro avarento
Que me infunde confusão.
Mas dou conta que inda sou gente
Que nem tudo eu perdi
Trago lembranças na mente
Dos momentos bons que vivi

Os meus soluços não são de fraqueza
Nem querem piedade
Tingidos de cinzento, com certeza!
Mas todos, sinais de saudade.


natalia nuno

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Wednesday, December 29, 2010 - 14:31

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