O que resta depois dos espelhos
Procurei por entre os abismos
obscuridades que elevam os olhos
com espadas feridas
espelhos partidos
pelas lágrimas
Percorri labirintos lamacentos
afastei ideias que aprisionam sonhos
onde jamais a vida descansa
Fendi meus braços por entre mares cerrados
onde por vezes escuta-se no cascalho,
o seco impacto dos ossos a bater no fundo
naufrando
Descobri territórios de beleza e miséria
Prossegui...
No rasto da verdade, mesmo violenta prescrita
sem prazo de validade
Onde se vive para ser equivocado
renunciar a todas as verdades
Amaldiçoei o divino e seus dogmas
O povo delirante e o seu comercio ávido
Vexada, curvei-me sem entender
porquê a verdade ultraja a mentira
e menti...
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Sunday, May 11, 2008 - 11:07
Poesia :
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Comments
Re: O que resta depois dos espelhos
Chegar a esse extremo é saber de vida; é saber que há algo muito mau, que não deve ser desperto; é saber que há sempre algo, pelo menos, um pouco melhor. E pouco a pouco, retomar a estrada do bom destino.
Beijo**
Re: O que resta depois dos espelhos
A esta procura incessante que faz a diferença entre o ser e o não ser. Gostei! Beijo