Veraneio
Como se o Céu tivesse outra camada,
vê-se o voo da passarada
ao Arco-Iris da chegada.
Impera soberano
o cheiro de terra molhada
e se sente a querência
do amor primeiro,
após o uísque terceiro.
E tudo mais se fez
sob o vermelho-dourado chinês.
Paixões do Estio,
a espada e o fio.
E tudo vai até as águas de Jobim*.
Meio não há,
só começo e fim.
* "As águas de Março", de Antonio Carlos Jobim.
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Monday, January 31, 2011 - 11:26
Poesia :
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