A ignorância de um ateu

A ignorância de um ateu

Nunca pedi auxílio ao divino
Sempre me achei senhor da razão
Jamais caminhei por sítios obscuros
Preferi sempre guiar-me pelo coração

Hoje sou homem e saboreio a vida
Mas reconheço que possuo uma alma inacabada
Sinto um vazio que teima em me preocupar
Uma dor intensa que surge do nada

A fé move montanhas e toca em quem a sente
A religião é errada mas apoia-se em factos correctos
A verdade mata mas também cura os ingénuos
A razão ataca mas sempre em pontos directos

Nego a religião diante da plateia do mundo
Troço daqueles que só me querem ajudar
Ofendo a fé de um ser que jamais me incomodou
E em horas de aperto dou por mim a rezar

Apontar o dedo é uma arma fácil e barata
Acusar o divino é a missão de um ateu
Sempre fiz pouco dos que seguem o vazio
E no entanto quem está perdido sou eu…
 

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Saturday, February 12, 2011 - 12:05

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fabio_silva

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