Sem título(130)
Nos dias em que a luz me afunda o sonho
Nos dias em que a lua prevalece para além do sol do meio dia
Encho-me de vontades desusadas
Faço-me alado na minha derrocada eminente
E sem pecado e sem glória
Acolho-me na sombra da oliveira
No logro da paz e do esquecimento
Ali tudo é mais sereno que sossegos em jardins de cedros
Ali urge em mim a vontade de desnascer
Como se fora testemunha de meu próprio crepúsculo
Porque além de realidades inventadas
A morte não perdura em alvoradas duradouras
Quando a sorte se inebria
Em desvario de todos os desejos
Tome-se então a coreografia da ave
Ou a queda de um anjo alvi-negro
Derrote-se a luz por sabres ignaros
Que nem assim a vontade do homem
Se esfuma ou se atordoa porque é real e intensa
Como deus e a humanidade
São tese e antítese do amor e do ódio
E se me sobram pragas e nefandos destinos
Nos caminhos a trilhar
Talvez que um raio perdido d`um sol por acontecer
Se estatele sobre o esteio dos meus sonhos
Dionísio Dinis
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Comments
Excelente...gostei muito...parabens DIDI
Excelente...gostei muito...parabens DIDI
Lindo ,este poema!
Amigo Dinis, adorei este seu poema...e parabéns pela maneira como transmite os seus sentimentos!
Beijinhos e continuação desse poder de jogar com as palvras e de transmitir os seus sentimentos com a poesia...
Seu poema dá que pensar e ao
Seu poema dá que pensar e ao lê-lo imaginamos o que ele narra... A prosa poética é sempre interessante.
há empatia
a minha forma de escrever encontra na sua poesia uma suave empatia.
Gosto deste poema, principalmente doss 1ª e 2ª grupo de estrofes (... de todos os desejos...)
maria
a sua poesia
Oláj
Já li alguns dos seus poemas.
São estranhamente fortes e marcantes pela linguagem que usa para trasportar os seus sentires no papel.
maria