Arreitada donzela em fofo leito
Arreitada donzela em fofo leito
Deixando erguer a virginal camisa,
Sobre as roliças coxas se divisa
Entre sombras subtis pachocho estreito.
De louro pêlo um círculo imperfeito
Os papudos beicinhos lhe matiza;
E a branda crica nacarada e lisa,
Em pingos verte alvo licor desfeito.
A voraz porra, as guelras encrespando,
Arruma a focinheira, e entre gemidos
A moça treme, os olhos requebrando.
Como é inda boçal, perder os sentidos;
Porém vai com tal ânsia trabalhando,
Que os homens é que vêm a ser fodidos.
Submited by
Sunday, October 12, 2008 - 15:32
Poesia :
- Login to post comments
- 1873 reads
Add comment
Login to post comments
other contents of Bocage
Topic | Title | Replies | Views | Last Post | Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia Consagrada/Sonnet | Soneto ao Árcade Lereno | 0 | 2.240 | 11/19/2010 - 16:49 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/Sonnet | Soneto ao Leitão | 0 | 1.409 | 11/19/2010 - 16:49 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/Sonnet | Soneto Arcádico | 0 | 1.821 | 11/19/2010 - 16:49 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/Sonnet | Soneto da Amada Gabada | 0 | 3.006 | 11/19/2010 - 16:49 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/Erotic | A Ulina | 0 | 3.643 | 11/19/2010 - 16:49 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/Meditation | Auto-retrato | 0 | 3.281 | 11/19/2010 - 16:49 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/General | À morte de Leandro e Hero | 0 | 1.007 | 11/19/2010 - 16:49 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/General | Cantata à morte de Inês de Castro | 0 | 1.289 | 11/19/2010 - 16:49 | Portuguese | |
Poesia Consagrada/General | Cartas de Olinda e Alzira | 0 | 1.388 | 11/19/2010 - 16:49 | Portuguese | |
Poesia/Erotic | Arreitada donzela em fofo leito | 3 | 1.873 | 02/28/2010 - 13:18 | Portuguese | |
Poesia/Erotic | Lá quando em mim perder a humanidade | 1 | 1.529 | 02/28/2010 - 13:15 | Portuguese |
Comments
Re: Arreitada donzela em fofo leito
Um poema escrito com alma!
:-)
Re: Arreitada donzela em fofo leito
ah! morto d'um raio que ainda aqui andas e já me fizeste passar as passinhas do Algarve quando uma professora de Literatura me fez analizar o teu poema " É pau, e rei dos paus, não marmeleiro..." só por ser da tua terra: Setúbal!
Uma boa ressuscitação!
Manuel Maria Barbosa de Bocage
gostei de conhecer a tua casa museu há já alguns anos
breizh
Re: Arreitada donzela em fofo leito
A vida agitada, apaixonada de um genial libertino passada para as palavras sublimes como só ele sabe escrever.