Armagedom

Fende-se no zênite uma garganta
De lume ofuscante, fogo e calor...
Do céu se ouve volumoso estertor
Que em toda a terra, o povo se levanta.

A voz que se ergue lastima e canta
Jactâncias, vivas, brados ao Senhor!
Surge o Cordeiro em seu pleno esplendor
Cutelo em punho, terror e ira santa.

Em desordem os povos se arrastam
Soluços se ouvem, desespero e pranto,
Funestos horrores que os assaltam.

Não há onde se ocultar, em nenhum canto,
Na terra toda, reféns se exaltam
Ante a MORTE que arrasta o negro manto.

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Sunday, April 24, 2011 - 03:09

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Francisco Ferreira

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