Acostumado buraco da fechadura
Enquanto estou quieta espero,
as sombras que se estendem ao comprido.
A súbita magnificente metamorfose,
incitam-me à descoberta da vida.
Lentamente regresso a mim
no sangue vegetal volátil que ainda respira.
Invento então um novo ADN
aberto à invasão do sol da manhã,
enquanto esboço os primeiros brilhos de um novo dia,
mal filtrado pelo acostumado buraco da fechadura.
Acordar é uma questão de imortalidade,
e já me declarei de acordo
“Estou viva”.
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Wednesday, October 22, 2008 - 23:35
Poesia :
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Comments
Re: Acostumado buraco da fechadura
Gostei deste pequena delícia, da maneira como descreveste o nascer de um novo dia...
"... espero, as sombras que se estendem ao comprido".
Beijo.
Re: Acostumado buraco da fechadura
Acordar para a vida
sem ter razão.
Acordar para o dia
sem ter vontade.
Acordar para não ser sombra
em buraco acostumado de uma fechadura!
tu escreves tão bem, que é uma responsabilidade enorme comentar algo teu!
muito bonito
breizh
até me esquecia...beijo