Poesia

Onde é que tu moras?

No coração do intelectual

com personalidade adquirida

ou no inspirado instintivo?

És tu lança potiaguda

ou lábios cálidos,

a beijar cicatrizes?

Dize-me,pois, o que pensas

e dir-te-ei quem tu és

Tu és a doçura, a escorrer

por entre as rochas,

A brisa mansa, a espalhar-se

por entre o fogo intenso.

Tu és o silêncio do poeta,

a gritar,  por entre letras,

que se ajuntam

e se transformam em linguagem,

a cantar para as multidões.

Tu és a expressão do Amor,

do querer, da Justiça e da Verdade

Tu és a amplitude de tudo,

em versos,

Apaziguando as dores da humanidade.

Tu és o indizível do ser,

A onda mansa, leve serena

Que me toma, me impulsiona,

Acalenta-me e me ajuda

a viver.