AMOR IMERSO

Vejo meus olhos espiando a profundidade de meu ser
Sinto meu corpo escorregando nos desfiladeiros de minha alma.
E mesmo assim não perco a calma, e a alma na sacada de meu ser
Num instante se safa e parece se erguer e se lançar ao céu.
No entanto, sou vento porque sou atento ao meu tempo
Que me resta nesta infinita hora que se finda no não agora.
Explode coração, arrasa-me o pulmão, quebre-me os ossos
Mas nada sufoca este furacão, tufão dos mares inavegáveis.
Porque são delírios do êxtase de um amor que me faz não pensar
Perdido entre a vida e a morte que já não sei o que mais expressar.
Em mim sinto-me tão pouco que eu não me basto para o tanto
Que sinto ser diante das dimensões transcendentais que me perfilam.
O meu desejo que me incumbe ao todo da existência térrea célere
Anseia por desprendimento sobrenatural e por isso sofro ao fundo.
Brilha a luz interna, endógeno batimento cardíaco, sinais físicos
Que pouco ou nada denotam deste amor sufocante e irradiante.
Amor imerso em outrem: meu universo imenso em mim.

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Monday, June 6, 2011 - 03:41

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DanteSulliver

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