Preguiçosa, vejo

Pinheiros altos
de agulhas finas
olhos penetrantes
corpos elegantes,
juntos, abraçados
em orgias
de ramagens
sombreantes.
Agradecidas as pessoas
fecham as cortinas ao dia…

Ninhos, se os há
são estratégicos -
- seios de vida.
Vejo um mundo,
lá em cima!
Tem o sol que toca
a corneta do despertar.
A lua que ilumina
e conta histórias de pasmar.
Troncos emaranhados
em ruas. Encruzilhadas,
desafios das suas agulhas,
tropeçam e caem.

- Como a gente cá em baixo.

Os alimentos não se procuram
a Natureza os dá.

- Como muita gente cá em baixo.

As lojas, escassas, vendem o mesmo.
Nada passa de moda.

- Como bastante gente cá em baixo.

Subindo até ao alto, vista privilegiada,
tocam o céu almejado.

- Como pouca gente cá em baixo.

E eu, por vergonha, registo este escrito.
Não quero este estado de limbo.
Apenas ser humano (com) sentido!

OF 19-08-2011
http://portate-mal.blogspot.pt/
 

Submited by

Viernes, Junio 29, 2012 - 00:50

Poesia :

Su voto: Nada (1 vote)

Odete Ferreira

Imagen de Odete Ferreira
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 5 años 1 semana
Integró: 01/11/2011
Posts:
Points: 1924

Comentarios

Imagen de Odete Ferreira

P/Henricabilio (Preguiçosa, vejo)

Amigo Abílio: na verdade os nossos sentidos, apurados pela sensibilidade poética,

levam-nos a ter um olhar especial sobre aspetos prosaicos a olhos de outros...

Obg, bjinho :)

(O imenso trabalho profissional que tem de ser executado em prazos apertados, só agora me permitiu,

com alguma calma, responder-te.)

Imagen de Henricabilio

dependendo do estado de

dependendo do estado de espírito
inumeras são as perspetivas que os nossos sentidos
colocam em sentido.

1 abraç0o!

_Abili0

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of Odete Ferreira

Tema Título Respuestasordenar por icono Lecturas Último envío Idioma
Poesia/Dedicada Laudatória 0 2.412 03/24/2015 - 19:03 Portuguese
Poesia/Intervención Nem te renego nem me nego 0 3.954 04/25/2015 - 02:08 Portuguese
Poesia/Meditación E continuamos pequeninos! 0 3.995 06/02/2015 - 20:15 Portuguese
Poesia/Meditación E no entre-Tanto faço caminho 0 3.097 07/02/2015 - 23:55 Portuguese
Poesia/Intervención Da destemperança 0 4.495 08/26/2015 - 01:35 Portuguese
Poesia/Fantasía Surreal XXVIII 0 3.141 09/01/2015 - 19:29 Portuguese
Prosas/Otros Da alma 0 2.439 09/01/2015 - 19:58 Portuguese
Poesia/Intervención Não invoquem o meu nome em vão 0 3.145 11/25/2015 - 02:18 Portuguese
Poesia/Meditación À míngua 0 3.605 12/30/2015 - 22:36 Portuguese
Poesia/Fantasía SEntires de quinta essência 1 851 05/31/2013 - 17:32 Portuguese
Poesia/Fantasía Surrealidades 1 3.368 03/08/2018 - 18:42 Portuguese
Poesia/Meditación Tempo(s) 1 2.796 03/08/2018 - 18:43 Portuguese
Poesia/Meditación Se a vida fosse sempre assim 1 3.530 03/15/2018 - 13:56 Portuguese
Poesia/Desilusión Apenas mais um dia 1 3.776 03/15/2018 - 13:57 Portuguese
Poesia/Tristeza Música 1 2.527 03/15/2018 - 13:58 Portuguese
Poesia/Tristeza Entardecer com sabor a despedida 1 3.025 03/15/2018 - 13:59 Portuguese
Poesia/Meditación Acas(s) 1 2.090 03/08/2011 - 00:57 Portuguese
Poesia/Cumpleaños Liberdade sem festa 1 884 04/25/2011 - 22:50 Portuguese
Prosas/Otros No sopé da montanha 1 2.554 03/08/2018 - 19:01 Portuguese
Poesia/Fantasía Apetitosa mente sadia 2 1.499 04/06/2013 - 00:59 Portuguese
Poesia/Tristeza Insana Saudade 2 1.003 02/11/2013 - 20:04 Portuguese
Poesia/Intervención Protesto 2 960 01/19/2011 - 22:46 Portuguese
Poesia/Fantasía Outra vida 2 1.577 01/19/2011 - 22:51 Portuguese
Poesia/Intervención Silêncios 2 963 01/30/2011 - 05:07 Portuguese
Poesia/Soneto Nuvens marotas 2 1.240 02/19/2011 - 22:55 Portuguese