O meu préstimo…
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Da Terra turba e eu nela aposte
E apenas nela, da margem noja,
Low-cost ou Prada céu-da-boca, (sei lá),
Sem que eu a ela acresça, em cena
Agora:- A minha aparente conquista,
Desta feira-d’aluguer e eu, louco-d‘aldeia,
Que se chama Terra-minha-acanhada,
-Não sei, ao menos, se me apregoaram
Devidamente à entrada em palco,
Mas ouso enfrentar-vos aos dois,
Passado e futuro, num só tempo,
Em via de ferro dupla e curva,
Sendo eminente, a catarse dum
Espírito meu, obediente sub-fogo-fátuo,
Não crendo seu supra-préstimo,
De vidente de feira da ladra,
Sem pago de mestre nem mester,
Pago por medalha grega d’vintém
Ou magro ornato de oiro pálido.
Joel Matos (11/2014)
Submited by
Ministério da Poesia :
- Inicie sesión para enviar comentarios
- 5422 reads
Add comment
other contents of Joel
Tema | Título | Respuestas | Lecturas | Último envío | Idioma | |
---|---|---|---|---|---|---|
Ministério da Poesia/General | Atrás de mim Gigantes | 200 | 7.357 | 05/16/2019 - 11:16 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Qual viagem… | 390 | 5.928 | 05/11/2019 - 16:37 | Portuguese | |
Poesia/General | Morto vivo eu já sou … | 496 | 14.168 | 05/09/2019 - 11:06 | Portuguese | |
Poesia/General | Tesoureiros da luz, | 677 | 15.050 | 05/09/2019 - 10:59 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Na extrema qu’esta minh’alma possui. | 156 | 8.323 | 04/24/2019 - 20:03 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Como rei deposto numa nação de rosas ... | 266 | 10.798 | 04/23/2019 - 09:37 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Por amor ao meu país… | 230 | 5.697 | 04/23/2019 - 09:05 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Posso soltar as asas… | 330 | 5.907 | 04/14/2019 - 19:58 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Frágil | 353 | 8.722 | 04/14/2019 - 19:53 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | O Cavaleiro da Dinamarca. | 780 | 11.784 | 04/14/2019 - 19:52 | Portuguese | |
Poesia/General | (Vive la France) | 465 | 8.986 | 04/14/2019 - 19:48 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Calmo | 332 | 23.921 | 04/14/2019 - 19:46 | Portuguese | |
Poesia/General | A ilusão do Salmão ... | 544 | 6.351 | 04/14/2019 - 19:45 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Sofro por não ter falta , | 612 | 13.321 | 04/13/2019 - 11:39 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Ridículo q.b. | 509 | 5.434 | 04/12/2019 - 16:22 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | À dimensão do horto … | 347 | 11.073 | 04/11/2019 - 09:45 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Trago em mim dentro | 771 | 10.269 | 04/10/2019 - 10:53 | Portuguese | |
Poesia/General | Último Poema | 435 | 8.728 | 04/10/2019 - 10:50 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Colossal o Oceano, | 434 | 6.045 | 04/10/2019 - 10:49 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | O Gebo e o Sonho. | 404 | 6.543 | 04/10/2019 - 10:48 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Convenço, convencei, convençai… | 491 | 7.555 | 04/09/2019 - 12:00 | Portuguese | |
Poesia/General | Certidão de procedência | 406 | 6.307 | 04/09/2019 - 11:58 | Portuguese | |
Poesia/General | - Papoila é nome de guerra - | 359 | 45.057 | 04/09/2019 - 11:56 | Portuguese | |
Poesia/General | Como terra me quero, descalço e baixo ... | 480 | 5.451 | 04/09/2019 - 11:52 | Portuguese | |
Poesia/General | O erro de Descartes | 479 | 6.466 | 04/09/2019 - 11:49 | Portuguese |
Comentarios
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,