Medi-mo-nos em braças e em nós…

Se todas as fantasias são prodígios,
A verdade, – Uma proposta da razão,
Ao medirmo-nos em braças.
O sonho, – Um castigo de quem sente
Mais que todos, mais que muitos.

Nada digas, que me pertença demais,
-Da verdade, – pois a mentira mente por si
E, o que tudo o que entende, – Do tempo
Que não é parte do equívoco,
Reparte p’la metade a entropia,
Entre mim e ti, tu e mim…

-Do esquecer que não é mais verdade,
Nem menos da memória e da saudade
Ou da vaidade vã ou do sentir menor
Que o sentir do ser, que crê
Ouvir no vento o doce falar e o porquê
-Do existir, na pretérita pessoa, ela singular,
(De dentro, mesmo de dentro dela)

Mentira é o que é, -o dizer por dizer
Ao que tod’o vento preso vem,
O vento leva ou detém,
(Em mim está a mentira
Eu bem sei.)

Dize das coisas, que entre ti
E mim valia, Guarda todas, por bem,
(São doces palavras, doze)

-Doze nós, tem uma figueira
Ao medir-se dentro de nós, em vidas
Que a gente tem e não sabe explicar.

-Doze é a distância do braço
Iguais de uma à última cadeira,
De ponta a ponta de certa mesa.

-Doze, os carvalhos de uma clareira,
Todos leais, à sua maneira.
(Todos iguais, Todos Deuses)

Nós…

Joel Matos (10/2014)
http://namastibetpoems.blogspot.com

Submited by

Viernes, Febrero 23, 2018 - 17:56

Ministério da Poesia :

Su voto: Nada Promedio: 5 (1 vote)

Joel

Imagen de Joel
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 3 semanas 1 día
Integró: 12/20/2009
Posts:
Points: 42009

Comentarios

Imagen de Joel

Ao que tod’o vento preso vem, O vento leva ou detém,

Ao que tod’o vento preso vem,
O vento leva ou detém,

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of Joel

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/General Venho assolado p'lo vento Sul 0 3.034 11/13/2013 - 12:22 Portuguese
Poesia/General Ainda hei-de partir por esse mundo fora montado na alma d'algum estivador 0 3.079 11/13/2013 - 12:21 Portuguese
Poesia/General Pressagio 0 3.372 11/12/2013 - 15:27 Portuguese
Poesia/General Dai-me esperança 0 4.215 11/12/2013 - 15:26 Portuguese
Poesia/General Quando eu morrer actor 0 2.035 11/12/2013 - 15:25 Portuguese
Poesia/General Meca e eu 0 1.503 11/08/2013 - 10:08 Portuguese
Poesia/General Quem 0 2.386 11/08/2013 - 10:07 Portuguese
Poesia/General houve tempos 0 2.840 11/08/2013 - 10:05 Portuguese
Prosas/Otros GR 11 (14 dias) correndo de Irun a Cap de Creus 0 3.917 11/07/2013 - 15:37 Portuguese
Prosas/Otros O regressO 1 5.305 11/07/2013 - 15:34 Portuguese
Prosas/Otros Mad'in China 0 4.232 11/07/2013 - 15:31 Portuguese
Poesia/General Tenho escrito demasiado em horas postas 2 2.389 11/07/2013 - 11:59 Portuguese
Poesia/General Vivesse eu... 0 4.033 11/07/2013 - 11:31 Portuguese
Poesia/General Na cidade fantasma... 0 1.509 11/07/2013 - 11:30 Portuguese
Poesia/General Pudesse eu 0 1.699 11/07/2013 - 11:29 Portuguese
Poesia/General Quando eu morrer actor 0 1.153 02/16/2013 - 22:02 Portuguese
Poesia/General O que é emoção e o que não o é... 0 2.768 02/16/2013 - 22:01 Portuguese
Poesia/General Sombras no nevoeiro 0 3.440 02/16/2013 - 21:59 Portuguese
Poesia/General o dia em que o eu me largou 2 1.414 12/30/2011 - 12:24 Portuguese
Poesia/General ciclo encerrado 0 2.761 03/11/2011 - 22:29 Portuguese
Ministério da Poesia/General gosto 0 3.490 03/02/2011 - 15:29 Portuguese
Poesia/General A raiz do nada 0 2.282 02/03/2011 - 20:23 Portuguese
Poesia/General Tão íntimo como beber 1 1.000 02/01/2011 - 22:07 Portuguese
Poesia/General Gosto de coisas, poucas 0 1.594 01/28/2011 - 17:02 Portuguese
Poesia/General Luto 1 3.411 01/15/2011 - 20:33 Portuguese