Dreaming Of A Better World

Olho sem ciência o horizonte que não descansa,
Uma gaivota gritando significa que está pedindo,
Um barco partido, sem ter vontade de navegar,
Nem pressa.

O silêncio é idêntico, quer no céu, quer em terra,
Só no mar se confunde o horizonte, suponho
Ser lá longe, p’lo som que uma gaivota cega faz
Na praia, ao chegar,

Ao regressar co’a heresia do mar, no fundo,
Aparte as ondas, nada se altera, o mar é aberto,
Alternas sensações,
O longe e o perto, o ar.

Barcos partindo de viagem, sem rota,
Minha pele sem escama nem arte, mar sem porta,
Sem peso nem ciência,
Minha força desleal.

A Aorta de um marinheiro é o bocado do corpo
Que mais lembra um coração, as algas o cabelo
E o som molhado da saudade,
O velame e o esteiro,

As águas vivas, terras perfeitas e areais florestas,
Palavras não expressas, organismos marinhos,
Marés sem esperança,
Curta distância e extinção…

Vivemos de estratégias, especulações e simulações reais,
Enquanto tempo é feito de ausência e de todos os elementos
Substantivos possessivos,
Que nos habituámos a dar

Como substancialmente comuns e até definitivamente vitais
Em função apenas da necessidade de tornar real, embora suave,
A passagem do tempo e das horas,
Como por exemplo, brincar

Irresponsavelmente com as palavras e com o pensamento,
Inconscientes da função de viagem, da paisagem,
E do meio de transporte, o espaço vida confinante
Ao “silêncio da pele”.

É atribuído genericamente ao tempo, apenas
A memória mental e mnésica que usamos na orientação
No espaço que inventámos, por confortavelmente
Não querermos existir no lado de fora dele,

Destas falsas e possessivas premissas constituintes da matéria…
Eu conheço lugares que caíram dentro de si, Incompreendidos
Lactos de uma triste tristeza paranóica.
Vi como demagogos se agregaram num tear de cegueira,

Deixando-me na insónia,
Ancorado na nulidade em que vivem esses Faraós Aqueus,
Incapazes de sentir, montados em debilitados javalis,
Maldosos, funestos delimitadores de jardins, bacantes.

Eu conheço um lugar blindado à fé primeira,
O lugar-dos -elefantes, a Terra-inteira, sem horizontes
Nem ciência, apenas bera cegueira …
I dream of a better world .

Jorge Santos 10/2019
http://namastibetpoems.blogspot.com

Submited by

Jueves, Octubre 17, 2019 - 18:25

Ministério da Poesia :

Su voto: Nada Promedio: 5 (1 vote)

Joel

Imagen de Joel
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 6 semanas 3 días
Integró: 12/20/2009
Posts:
Points: 42009

Comentarios

Imagen de Joel

A pose

A pose
A pose

Igual quanto o acrónimo (não linear) de Jorge Manuel Mendes dos Santos-(Joel Matos)-eu também sou dos que acredita no silêncio e no amor quando e enquanto podem, pois que na pose não há amor nem silencio, impor é pro amor como o azeite para a água ou o vinho na comunhão das almas puras, falso e vicioso o som que faz um padre se o vaso é apenas vaso e a água apenas vinagre e fraude.

J.S.

Imagen de Joel

A pose

A pose
A pose

Igual quanto o acrónimo (não linear) de Jorge Manuel Mendes dos Santos-(Joel Matos)-eu também sou dos que acredita no silêncio e no amor quando e enquanto podem, pois que na pose não há amor nem silencio, impor é pro amor como o azeite para a água ou o vinho na comunhão das almas puras, falso e vicioso o som que faz um padre se o vaso é apenas vaso e a água apenas vinagre e fraude.

J.S.

Imagen de Joel

A pose

A pose
A pose

Igual quanto o acrónimo (não linear) de Jorge Manuel Mendes dos Santos-(Joel Matos)-eu também sou dos que acredita no silêncio e no amor quando e enquanto podem, pois que na pose não há amor nem silencio, impor é pro amor como o azeite para a água ou o vinho na comunhão das almas puras, falso e vicioso o som que faz um padre se o vaso é apenas vaso e a água apenas vinagre e fraude.

J.S.

Imagen de Joel

A pose

A pose
A pose

Igual quanto o acrónimo (não linear) de Jorge Manuel Mendes dos Santos-(Joel Matos)-eu também sou dos que acredita no silêncio e no amor quando e enquanto podem, pois que na pose não há amor nem silencio, impor é pro amor como o azeite para a água ou o vinho na comunhão das almas puras, falso e vicioso o som que faz um padre se o vaso é apenas vaso e a água apenas vinagre e fraude.

J.S.

Imagen de Joel

A pose

A pose
A pose

Igual quanto o acrónimo (não linear) de Jorge Manuel Mendes dos Santos-(Joel Matos)-eu também sou dos que acredita no silêncio e no amor quando e enquanto podem, pois que na pose não há amor nem silencio, impor é pro amor como o azeite para a água ou o vinho na comunhão das almas puras, falso e vicioso o som que faz um padre se o vaso é apenas vaso e a água apenas vinagre e fraude.

J.S.

Imagen de Joel

A pose

A pose
A pose

Igual quanto o acrónimo (não linear) de Jorge Manuel Mendes dos Santos-(Joel Matos)-eu também sou dos que acredita no silêncio e no amor quando e enquanto podem, pois que na pose não há amor nem silencio, impor é pro amor como o azeite para a água ou o vinho na comunhão das almas puras, falso e vicioso o som que faz um padre se o vaso é apenas vaso e a água apenas vinagre e fraude.

J.S.

Imagen de Joel

A pose

A pose
A pose

Igual quanto o acrónimo (não linear) de Jorge Manuel Mendes dos Santos-(Joel Matos)-eu também sou dos que acredita no silêncio e no amor quando e enquanto podem, pois que na pose não há amor nem silencio, impor é pro amor como o azeite para a água ou o vinho na comunhão das almas puras, falso e vicioso o som que faz um padre se o vaso é apenas vaso e a água apenas vinagre e fraude.

J.S.

Imagen de Joel

A pose

A pose
A pose

Igual quanto o acrónimo (não linear) de Jorge Manuel Mendes dos Santos-(Joel Matos)-eu também sou dos que acredita no silêncio e no amor quando e enquanto podem, pois que na pose não há amor nem silencio, impor é pro amor como o azeite para a água ou o vinho na comunhão das almas puras, falso e vicioso o som que faz um padre se o vaso é apenas vaso e a água apenas vinagre e fraude.

J.S.

Imagen de Joel

A pose

A pose
A pose

Igual quanto o acrónimo (não linear) de Jorge Manuel Mendes dos Santos-(Joel Matos)-eu também sou dos que acredita no silêncio e no amor quando e enquanto podem, pois que na pose não há amor nem silencio, impor é pro amor como o azeite para a água ou o vinho na comunhão das almas puras, falso e vicioso o som que faz um padre se o vaso é apenas vaso e a água apenas vinagre e fraude.

J.S.

Imagen de Joel

A pose

A pose
A pose

Igual quanto o acrónimo (não linear) de Jorge Manuel Mendes dos Santos-(Joel Matos)-eu também sou dos que acredita no silêncio e no amor quando e enquanto podem, pois que na pose não há amor nem silencio, impor é pro amor como o azeite para a água ou o vinho na comunhão das almas puras, falso e vicioso o som que faz um padre se o vaso é apenas vaso e a água apenas vinagre e fraude.

J.S.

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of Joel

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/General Até que mais seja 33 3.555 02/17/2022 - 10:28 Portuguese
Poesia/General Send'a própria imagem minha, Continuo'a ser eu ess’outro … 18 8.735 01/21/2022 - 18:07 Portuguese
Poesia/General Perfeitos no amor e no pranto … 46 4.034 01/20/2022 - 22:04 Portuguese
Ministério da Poesia/General O facto de respirar … 43 5.955 01/19/2022 - 20:36 Portuguese
Poesia/General Não me substituam a realidade 36 1.969 01/15/2022 - 09:31 Portuguese
Ministério da Poesia/General Sou tudo quanto dou e devo ... 18 4.534 01/04/2022 - 18:16 Portuguese
Poesia/General Cada um de todos nós é todo'mundo, 31 5.645 12/11/2021 - 20:10 Portuguese
Poesia/General Sou minha própria imagem, 2 4.485 07/01/2021 - 11:50 Portuguese
Poesia/General Há um vão à minha espera 2 2.540 07/01/2021 - 11:50 Portuguese
Poesia/General leve 4 5.253 06/28/2021 - 14:39 Portuguese
Poesia/General Deus Ex-Machina, “Anima Vili” ... 1 4.708 06/24/2021 - 10:38 Portuguese
Poesia/General Da significação aos sonhos ... 1 2.659 06/22/2021 - 09:01 Portuguese
Ministério da Poesia/General Sonho sem fim, nem fundo ... 1 3.261 06/21/2021 - 15:27 Portuguese
Ministério da Poesia/General Absurdo e Sem-Fim… 1 3.446 06/21/2021 - 15:26 Portuguese
Ministério da Poesia/General A Rua ao meu lado ou O Valor do riso... 1 4.569 06/21/2021 - 15:25 Portuguese
Ministério da Poesia/General Rua dos Douradores 30 ... 1 6.753 06/21/2021 - 15:25 Portuguese
Ministério da Poesia/General Excerto “do que era certo” 1 6.380 06/21/2021 - 15:25 Portuguese
Ministério da Poesia/General Ladram cães à distância, Mato o "Por-Matar" ... 2 5.361 06/21/2021 - 15:22 Portuguese
Ministério da Poesia/General Morri lívido e nu ... 1 3.663 06/21/2021 - 15:22 Portuguese
Ministério da Poesia/General Sou "O-Feito-Do-Primeiro-Vidente" 1 3.678 06/21/2021 - 15:21 Portuguese
Ministério da Poesia/General Pedra, tesoura ou papel..."Do que era certo" 1 9.076 06/21/2021 - 15:21 Portuguese
Ministério da Poesia/General Nada se parece comigo 1 2.476 06/21/2021 - 15:20 Portuguese
Ministério da Poesia/General Quantos Césares fui eu !!! 1 2.978 06/21/2021 - 15:20 Portuguese
Ministério da Poesia/General "Sic est vulgus" 1 4.244 06/21/2021 - 15:19 Portuguese
Ministério da Poesia/General Como morre um Rei de palha... 1 3.959 06/21/2021 - 14:44 Portuguese