No cais dos mortos

Finjo-te um Adeus se a aura não te vê partir,
Se as pupilas se fecharam nas insónias que
Ainda sentem o teu abraço. E no limbo do
Eco onde te sustenho, não há ida que eu
Não torne sem os contornos do nosso tempo.

Aceno-vos de volta, sem nada que me percorra
Os tendões para além da saudade e da mágoa
De vos deixar, e finjo que morto já nada sinto.

Deixei que a maré de cravos e lágrimas te levasse,
Pois sei-te buscar de novo aguardando num sonho
Meu ou no reflexo de um retrato nosso. Adeus!

Submited by

Martes, Diciembre 1, 2009 - 18:51

Poesia :

Sin votos aún

jopeman

Imagen de jopeman
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 14 años 6 semanas
Integró: 01/04/2009
Posts:
Points: 3172

Comentarios

Imagen de marialds

Re: No cais dos mortos

Um triste adeus, uma despediada te deixa no 'Cais dos mortos', mas afeito não tomaras o navio.
Lindo poema, mostra a tragédia de sentimentos em uma despedida.
Parabens.

Imagen de Librisscriptaest

Re: No cais dos mortos

Fantástico!
Cunhado de uma tristeza e dor que toma conta de nós...
Parabéns!

Imagen de mariamateus

Re: No cais dos mortos

João :-)

Profundo!
Estranhamente,lindo!

Beijo luz
tua amiga,
fã 8-)

Imagen de analyra

Re: No cais dos mortos

Lindo e triste, hoje comentava com uma amiga a respeito disso, tem poemas que só passam tristeza, mas tem outros que a beleza da forma do poema transcende o sentimento, que mesmo triste encontramos um elevo ímpar.
Este teu tem isso.
Favorito neles!!!
Amei.

Imagen de anadeornelas

Re: No cais dos mortos

João,

Que forma fantástica de cantar a dor da ruptura, me perdoe poeta da alma...mas amei!!!

1 beijo bem sólido de afecto... :-)

Imagen de Henrique

Re: No cais dos mortos

Aceno-vos de volta, sem nada que me percorra
Os tendões para além da saudade e da mágoa
De vos deixar, e finjo que morto já nada sinto.

Este poema é um relâmpago de adeus, o retrato de uma ida que não se vê partir!

Espectacular...

:pint:

Imagen de Anonymous

Re: No cais dos mortos

"Aceno-vos de volta, sem nada que me percorra
Os tendões para além da saudade e da mágoa
De vos deixar, e finjo que morto já nada sinto."

João, já não prescindo, neste cantinho tão aprazível, de te ler.
O teu poema é excepcionalmente bonito.
Gostei muito.
Bj
Vóny Ferreira

Imagen de FlaviaAssaife

Re: No cais dos mortos

jopeman,

Triste, sentido, porém forte em essência, em plenitude...

Bjs :-)

Imagen de MarneDulinski

Re: No cais dos mortos

LINDO POEMA, GOSTEI!
MarneDulinski

Imagen de Conchinha

Re: No cais dos mortos

Adeus, soou muito forte.
A tua escrita, sempre muito apurada:
"...não há ida que eu
Não torne sem os contornos do nosso tempo."

Abraço

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of jopeman

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/Pensamientos Violentas Alegrias 5 2.169 10/20/2011 - 20:16 Portuguese
Poesia/Pensamientos Gostei sobretudo das árvores que davam pássaros 4 2.013 10/20/2011 - 20:13 Portuguese
Poesia/Amor sei que o amor é coisa de homens 1 1.879 10/20/2011 - 20:10 Portuguese
Fotos/Perfil 1129 0 3.363 11/23/2010 - 23:37 Portuguese
Fotos/Perfil 1127 0 4.342 11/23/2010 - 23:34 Portuguese
Poesia/Pensamientos Sou Vadio 4 2.180 08/30/2010 - 08:57 Portuguese
Poesia/General Destino Manifesto 2 2.475 08/22/2010 - 21:17 Portuguese
Poesia/Aforismo Quietude (Desafio Poético) 3 2.125 08/02/2010 - 01:08 Portuguese
Poesia/Dedicada Jopeman - O caminho (ao WAF) 2 2.103 07/06/2010 - 07:10 Portuguese
Poesia/Amor A (quase) eterna leveza dos malmequeres 1 2.612 06/24/2010 - 04:05 Portuguese
Poesia/Pensamientos A terra é só terra e eu penso nisso vezes demais 5 2.330 06/19/2010 - 21:35 Portuguese
Poesia/Meditación Portas 7 2.158 06/12/2010 - 09:54 Portuguese
Poesia/Meditación Que morram todos os sinais 1 2.233 06/12/2010 - 09:48 Portuguese
Poesia/Meditación Viagem 2 2.562 06/12/2010 - 09:41 Portuguese
Prosas/Contos Intuições 5 2.073 05/17/2010 - 21:01 Portuguese
Poesia/General Só tu sabes! 6 2.096 05/17/2010 - 21:00 Portuguese
Poesia/Alegria Corro 8 2.360 05/10/2010 - 14:06 Portuguese
Poesia/Meditación As pedras não voam 11 2.453 05/02/2010 - 02:15 Portuguese
Poesia/General Distâncias 9 2.027 04/07/2010 - 19:29 Portuguese
Poesia/General Há aquelas coisas de que nunca penso se houver uma porta aberta 7 1.765 03/26/2010 - 08:42 Portuguese
Poesia/Amor Amor de sol e lua (duo com Analyra) 6 2.658 03/23/2010 - 15:00 Portuguese
Poesia/General Continuo sentado à varanda 7 3.609 03/17/2010 - 20:17 Portuguese
Poesia/Desilusión O filho do vento 13 2.394 03/15/2010 - 14:56 Portuguese
Poesia/Meditación O refúgio de D. Dinis 1 2.713 03/05/2010 - 12:08 Portuguese
Poesia/Amor A dança dos amantes 1 2.564 03/05/2010 - 02:05 Portuguese