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No cais dos mortos
Finjo-te um Adeus se a aura não te vê partir,
Se as pupilas se fecharam nas insónias que
Ainda sentem o teu abraço. E no limbo do
Eco onde te sustenho, não há ida que eu
Não torne sem os contornos do nosso tempo.
Aceno-vos de volta, sem nada que me percorra
Os tendões para além da saudade e da mágoa
De vos deixar, e finjo que morto já nada sinto.
Deixei que a maré de cravos e lágrimas te levasse,
Pois sei-te buscar de novo aguardando num sonho
Meu ou no reflexo de um retrato nosso. Adeus!
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terça-feira, dezembro 1, 2009 - 18:51
Poesia :
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Comentários
Re: No cais dos mortos
Um triste adeus, uma despediada te deixa no 'Cais dos mortos', mas afeito não tomaras o navio.
Lindo poema, mostra a tragédia de sentimentos em uma despedida.
Parabens.
Re: No cais dos mortos
Fantástico!
Cunhado de uma tristeza e dor que toma conta de nós...
Parabéns!
Re: No cais dos mortos
João :-)
Profundo!
Estranhamente,lindo!
Beijo luz
tua amiga,
fã 8-)
Re: No cais dos mortos
Lindo e triste, hoje comentava com uma amiga a respeito disso, tem poemas que só passam tristeza, mas tem outros que a beleza da forma do poema transcende o sentimento, que mesmo triste encontramos um elevo ímpar.
Este teu tem isso.
Favorito neles!!!
Amei.
Re: No cais dos mortos
João,
Que forma fantástica de cantar a dor da ruptura, me perdoe poeta da alma...mas amei!!!
1 beijo bem sólido de afecto... :-)
Re: No cais dos mortos
Aceno-vos de volta, sem nada que me percorra
Os tendões para além da saudade e da mágoa
De vos deixar, e finjo que morto já nada sinto.
Este poema é um relâmpago de adeus, o retrato de uma ida que não se vê partir!
Espectacular...
:pint:
Re: No cais dos mortos
"Aceno-vos de volta, sem nada que me percorra
Os tendões para além da saudade e da mágoa
De vos deixar, e finjo que morto já nada sinto."
João, já não prescindo, neste cantinho tão aprazível, de te ler.
O teu poema é excepcionalmente bonito.
Gostei muito.
Bj
Vóny Ferreira
Re: No cais dos mortos
jopeman,
Triste, sentido, porém forte em essência, em plenitude...
Bjs :-)
Re: No cais dos mortos
LINDO POEMA, GOSTEI!
MarneDulinski
Re: No cais dos mortos
Adeus, soou muito forte.
A tua escrita, sempre muito apurada:
"...não há ida que eu
Não torne sem os contornos do nosso tempo."
Abraço