Imortais
Agora, a mulher de rosto distorcido
é um retrato do que talvez tenha sido.
Somos todos, quadros envelhecidos
dos velhos tempos idos.
E, no entanto, fazem poesia.
Talvez a possível alforria,
do horrendo cativeiro
de ser do corpo prisioneiro.
Nesse quase museu de cera
tomo assento na última fileira.
Vejo-lhes e os escuto.
Sou eu, em estado bruto.
Temos mais Passado que Futuro.
Temente, procuro
galgar o muro;
e afastar o dia escuro
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Lunes, Abril 19, 2010 - 01:39
Poesia :
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Comentarios
Re: Imortais
Poema bonito!
:-)
Re: Imortais
Sempre em tua habitual musicalidde.
Poema filosofia, de quem olha a vida de um outro patamar.
Grande abraço.
Muito bom ler-te.
Beijos.