Num papelinho escrevi-te um poema

Num papelinho escrevi-te um poema
Era apenas um poema inocente
Um poema sobre um amor ausente
Um amor das tragédias do cinema

Fui ao mar, repousei sobre tal tema
Ele agitado, ouvia secretamente
“Não há amor perdido, se a gente o sente”
Disse uma voz p’ra que fosse meu lema

Peguei no poema, deitei-lo ao mar
O mar aconchegou-o no seu seio
Por entre as ondas, com ele fugiu

Desapareceu para não se avistar
Rumo a terras que nunca Ninguém viu
P’ra ninguém saber do amor, em que eu creio