"Spleen" e charutos - Meu anjo

Meu anjo tem o encanto, a maravilha,
Da espontânea canção dos passarinhos...
Tem os seios tão alvos, tão macios
Como o pêlo sedoso dos arminhos.

Triste de noite na janela a vejo
E de seus lábios o gemido escuto.,,
É leve a criatura vaporosa
Como a frouxa fumaça de um charuto.

Parece até que sobre a fronte angélica
Um anjo lhe depôs coroa e nimbo...
Formosa a vejo assim entre meus sonhos
Mais bela no vapor do meu cachimbo.

Como o vinho espanhol, um beijo dela
Entorna ao sangue a luz do paraíso...
Dá morte num desdém, num beijo vida
E celestes desmaios num sorriso!

Mas quis a minha sina que seu peito
Não batesse por mim nem um minuto,...
E que ela fosse leviana e bela
Como a leve fumaça de um charuto!

Submited by

Lunes, Abril 13, 2009 - 23:58

Poesia Consagrada :

Sin votos aún

AlvaresdeAzevedo

Imagen de AlvaresdeAzevedo
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 14 años 18 semanas
Integró: 04/13/2009
Posts:
Points: 303

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of AlvaresdeAzevedo

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Fotos/Perfil Alvares de Azevedo 0 1.939 11/23/2010 - 23:37 Portuguese
Poesia Consagrada/Cuento Noite na Taverna (Capítulo IV — Gennaro) 0 2.073 11/19/2010 - 15:52 Portuguese
Poesia Consagrada/Cuento Noite na Taverna (Capítulo V — Claudius Hermann) 0 2.537 11/19/2010 - 15:52 Portuguese
Poesia Consagrada/Cuento Noite na Taverna (Capítulo VI — Johann) 0 1.917 11/19/2010 - 15:52 Portuguese
Poesia Consagrada/Cuento Noite na Taverna (Capítulo VII — Último Beijo de Amor) 0 1.505 11/19/2010 - 15:52 Portuguese
Poesia Consagrada/Cuento Macário - Introdução 0 1.439 11/19/2010 - 15:52 Portuguese
Poesia Consagrada/Cuento Macário - Primeiro episódio 0 1.218 11/19/2010 - 15:52 Portuguese
Poesia Consagrada/Cuento Macário - Segundo episódio 0 1.273 11/19/2010 - 15:52 Portuguese
Poesia Consagrada/General Sombra de D. Juan 0 1.309 11/19/2010 - 15:52 Portuguese
Poesia Consagrada/General Na várzea 0 1.242 11/19/2010 - 15:52 Portuguese
Poesia Consagrada/General O editor 0 1.429 11/19/2010 - 15:52 Portuguese
Poesia Consagrada/General Oh! Não maldigam! 0 1.732 11/19/2010 - 15:52 Portuguese
Poesia Consagrada/General Dinheiro 0 1.425 11/19/2010 - 15:52 Portuguese
Poesia Consagrada/General Adeus, meus sonhos! 0 1.447 11/19/2010 - 15:52 Portuguese
Poesia Consagrada/General Minha desgraça 0 1.525 11/19/2010 - 15:52 Portuguese
Poesia Consagrada/General Página rota 0 1.259 11/19/2010 - 15:52 Portuguese
Poesia Consagrada/Cuento Noite na Taverna (Capítulo I — Uma noite do século) 0 1.550 11/19/2010 - 15:52 Portuguese
Poesia Consagrada/Cuento Noite na Taverna (Capítulo II — Solfieri) 0 1.991 11/19/2010 - 15:52 Portuguese
Poesia Consagrada/Cuento Noite na Taverna (Capítulo III — Bertram) 0 3.088 11/19/2010 - 15:52 Portuguese
Poesia Consagrada/General Panteísmo 0 1.128 11/19/2010 - 15:52 Portuguese
Poesia Consagrada/General Desânimo 0 1.211 11/19/2010 - 15:52 Portuguese
Poesia Consagrada/General O lenço dela 0 1.278 11/19/2010 - 15:52 Portuguese
Poesia Consagrada/General Relógios e beijos 0 1.465 11/19/2010 - 15:52 Portuguese
Poesia Consagrada/General Namoro a cavalo 0 1.661 11/19/2010 - 15:52 Portuguese
Poesia Consagrada/General Pálida imagem 0 1.316 11/19/2010 - 15:52 Portuguese