Ana, o nome escrito em vermelho

Um dia a encontrei onde a lâmina é mais cortante,
Num constante embalo da fada em seu deleite.

Diria que todas as poesias contêm flagelos
Perante tais anelos, perante tais afronesias
Perante tais desejos, perante tais carícias.

Diria que todas as poesias contêm flagelos,
Menos uma, que de tão bela
Assassina as cortesias.

Diria que todas as poesias contêm flagelos,
Menos uma, que de tão triste
Minha dor culminaria.

Diria que de tudo eu faria!

Sobre os lençóis do desejo
Sobre os rubros olhos que anseio
Paira sempre a Ana dos meus sonhos...
O nome escrito em vermelho.