NATUREZA DA FÊNIX

A dor que aflige
é agonia
por tudo que definha
e se consome
ao meu redor e em mim
que nada resta
que a morte não reclame
e que eu não chore!
E no entanto,
ainda que o luto
ensombreça a minha fasce
pelo meu eu que estertora lentamente,
o meu ventre se agita
e dentro de mim
a vida grita
que um novo nascimento
se prepara!

Oficiei a pouco
a extrema unção
da alma que partia
esvaziando-me
de tudo o que eu fora
ou que me crera
e os restos mortais
dos meus enganos
ainda ardem na pira
em que me gero
e me preparo
para parir de novo
um novo ser.
Eu sou assim
- a fênix gloriosa -
que das próprias cinzas
sempre se refaz
e cada vez que morre, nasce
com nova e magnífica plumagem!
Com ares de soberba
- a orgulhosa ave -
que conhece a liberdade
de ser a cada dia
um verbo novo,
a cada era um sonho,
em cada sonho,
a essência adormecida
recriando
uma aventura nova
em cada vida!
É da minha natureza
este morrer
e a dor que esta morte me traz!
Faz parte de mim
este nascer
e a dor de partejar
esta criança divina
e andarilha
que só deseja
um pouco mais de vida e riso
um pouco mais de sonho,
um pouco mais de mundo
prá brincar de novo,
uma vez mais,
brincar....

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Jueves, Diciembre 17, 2009 - 18:25

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tajmahal

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