Desolação de um poeta

Ausente está a dama inspiração,
restando-lhe somente a aspiração.
A preocupação afastou a sua musa,
que em qualquer lugar pode estar reclusa.

O poeta recorre a dona razão,
mas ela é pura racionalização.
Então pede ajuda a imaginação,
e ela começa com sua alucinação.

O poeta desolado se envereda na ilusão,
porém percebe que resultará em confusão.
Agora a grandiosa lua cheia nada lhe diz,
tendo a sensação de ser um solitário perdiz.

No entanto ele acredita no amanhecer,
na esperança de ver sua musa aparecer.
E quando ela visitar a sua mente,
tudo novamente será como semente.


Fráter Alan Robert – Maio de 2010

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Domingo, Mayo 16, 2010 - 20:56

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