Impossível!

Não posso revelar-te o meu segredo.
Sê minha rosa perto do meu túmulo,
Sê no meu verso o meu melhor estímulo,
As nuvens neste prado que é o medo.

Sê prática. Este amor que me consome,
Tem mãos sujas de sangue, criminosas,
E quem tem mãos assim não colhe rosas:
Tem outro vício, outra sede, outra fome.

Nem posso ser teu Marte, nem tu Vénus,
Prefiro arder nas chamas dos Infernos,
Que revelar-te os versos purpurinos.

Sejamos, entre um rio, oposta margem,
Longínquos, contemplemos a paisagem,
Porque já não podemos ser meninos.

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Lunes, Marzo 10, 2008 - 08:46

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Antonio

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