fenilalanina no contexto poético

fenilalanina no contexto poético

 

o corpo de um poema nasce da película do irrecusável

das mão de uma quiromancia por impulsos uma que

reembolsa a consciência. o corpo de um poema extrai

a significância turva da noite até a cama onde dois amantes
desgastam as palavras-espírito na incompletude de um verso.
um verso não é um verso. um verso é um verso de uma face
de extremidades locais que situam o ponto. o seu ponto
de explosão intransmissível. o seu ponto de explosão misturável.
um verso não é um verso, um conjunto de perdas sem distância
um conjunto de pressuposições de gás. 
um corpo de um poema
é absurdo predicar que não é um corpo de um poema. um corpo de um poema
é a película do irrecusável. é o tempo de hipnose de uma palavra que ilude um género.
que mágica um leitor que agarra por mim a ilusão de aço. depois,
cai no poema

como quem se atira para o mundo. porque o corpo de um poema
não é o corpo de um poema. é a assimetria sismica de uma sintaxe

a ilegibilidade de uma ausencia que percorre os olhos.

 

é a descomposição hierárquica de toda a matéria em palavras
que transpõe do inexistente para o tempo. o tempo morto do tempo.

escuta o corpo de um

poema é a obstrução por encomenda do próprio poema.

 

L.B.
 

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Martes, Febrero 22, 2011 - 03:42

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luis brandão

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