magneto acusativo
magneto acusativo
peço desculpa a absurdez hilariante do teu rosto
as nove em ponto sob a tez do teu céu.
peco desculpa a intimidade coreografada pelo
Intenso utensílio que é amar. pelo desbobinar
de dias um paralelo como a acusação grave
de um anti-estar, e saí. saí pelo magneto
de um novo silêncio, saí pela azia dos gansos
num outro lago. e passares a mão pelo cabelo
é um bilhete de ida ao centro. e a palavra
volta sempre na memoria sob a sua infância
directa, e a palavra volta sempre à frente dos olhos
antes do seu regresso súbito ao presente.
como uma desrealização primária do silêncio. e a palavra
(des)converge-deixa para trás- rejeita
o ritmo do corpo e dá à voz uma oscilação contínua.
uma acusação grave é sempre como uma acusação grave.
peço desculpa as cores monofónicas de um arco Íris de gelo
e a sistematização arcaica do futuro. peco desculpa
a formalização de uma dúvida rasteira. e desejo
pedir sempre desculpa. porque viver é escusar recantos.
e ouvir é recusar prescindir da acusação.
L.B.
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Poema excelente.Um luxo de
Poema excelente.Um luxo de escrita.Apetece declamá-lo.Já!