Procuro meu coelhinho da Páscoa

Procuro meu coelhinho da Páscoa

Era Abril, vestia algo quente que me incomodava, o calor já apertava, dias de sol, lindos e a Páscoa essa já estava a porta. Sinal de coisas boas e doces os famosos doces da Páscoa.
Lembro minha mãe, engraçado agora como eu a lembro com carinho e saudade, lembro de seu nariz cheio de farinha e a sua bata empoeirada. Escuto ainda na minha mente suas palavras, fiz dez roscas de pão-de-ló. Como ficavam bonitas saindo das formas grandes de barro, ficava orgulhosa, ela era das únicas da região que sabia o segredo e as fazia dignas de mangar de um rei.
Como criança, gostava dos ovos da páscoa, do Fo lar oferecido pelos meus padrinhos que era o melhor do mundo, amêndoas que nem quero lembrar pela água que faz crescer na boca. Imaginava muitas coisas umas das quais ainda não recuperei o meu celebre coelhinho da páscoa, esse malandro que fugiu quando meus primos não puderam deixar de fazer judiarias e maldades que foi o comer e não deixar nem uma graminha para mim.
Pois eu ganhei um belo coelhinho da páscoa da minha professora como ele era fofo e doce e conversava com ele durante os dias que se seguiram. Acreditam que eu o colocava ao lado da minha almofada? Pois era tanta a minha loucura por ele. Logo de manha ao acordar eu rezava agradecendo a prenda dada pela professara e todos já estavam todos a ficarem fartos da minha loucura.
Acreditem ou não foi com ele que vivi a mais bela aventura no reino do chocolate. Como éramos amigos ele decidiu mostrar o fantástico mundo do chocolate, um reino sem igual, entusiasmada eu decidi embarcar nessa aventura.
Eu e o Bang decidimos ir ao reino do chocolate nessa mesma noite, ah! Esqueci o nome do meu coelhinho é Bang, não perguntem o porquê desse nome, ok. Bang entrou num corredor da minha mãe e disse anda é por aqui o portal mágico. Sem saber foi atrás dele e logo vi algo espantoso uns vórtices de luz, fomos sugados e projetados no solo bruscamente nele, cai e doeu o meu traseiro de uma aterragem forçada.
Olho para mim e fiquei castanho, completamente castanho, espantado eu já conhecia aquele sabor e odor, era chocolate puro. Hum! Que bom que era e zás! Mais uma lambidela, não podia resistir ao chocolate, queria comer mais e mais. Era uma bela fabrica de chocolate, estavam a produzir milhares de ovos de páscoa e amêndoas, tantas variedades de amêndoas.
Claro que eu e o Bang mergulhamos em tudo que aparecia pela frente, foi delicioso, nada ficou por conhecer e provar, mas claro que tem sempre um imprevisto, caímos na maquina de embalar e que íamos fazer os dois? Servir de almoço a alguém ou alguma criança? Nem pensar, tinha que sair daquela enrascada e rápido.
Acho que até ao menino Jesus eu rezei, prometi não comer mais chocolate caso saísse dali, só queria não servir de comida para outros. Já estávamos no final da entrada daquela monstruosa maquina quando algo aconteceu como passos de magia.
Eu já estava na minha cama, suada e cheia de medo eu olhei para o meu lado e lá estava o Bang, sorrindo para mim. Será que eu sonhei? Foi um pesadelo? Que devia fazer acreditar no que eu vivi? Talvez mas por sim e pelo não melhor não comer mais chocolate.
Pensativa eu quase chorei, que eu fui fazer, eu adoro chocolate e agora não posso comer, bem pelo menos meu amigo coelhinho Bang gostou da idéia. Eu não o comi.
Chegou páscoa, alegria e algazarra, os meus primos chegaram e era a hora de brincar, deixei meu coelhinho na minha cama em cima da almofada. Olhei e disse até logo meu grande amigo.
Brinquei todo o dia sem para ao final do dia, já cansada e suada, subi para meu quarto para descansar e mudar de roupa,entra, vendo um cenário de destruição, duas primas bebê todas sujas de chocolate, minha cama também tinha vestígios de chocolate.
Meu Deus que eu faço rio ou choro pela cara engraçada dos meus bebês, de repente, reparo na minha almofada e cadê do Bang. Nada nem vestígios do seu papel.
Desesperada eu ainda procuro o meu coelhinho até hoje
Por acaso alguém viu o Bang?

 

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!7 de Março 2011
 

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Viernes, Marzo 18, 2011 - 15:20

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