MANGUITO

Relevos profícuos,
vicissitudes alardeadas,
escassos orgasmos fervilhantes.

Lagoas de arame.

Poetas andantes em branco,
fingimentos todavia panfletários,
acimas inverosímeis soam contínuos curtos.

Sincretismos indissociáveis.

Virulência,
luas peçonhentas,
surtos fartos de nuances apocalípticas.

Cabanas expostas em esconderijo imaginário.

Palavras ao contrário,
vozes de sotaque conhaque,
champanhes de silêncios surreais.

Autópsia de fel.

Ouvidos ais,
canções de rosto avó,
emoções entardecidas nas fissuras das mãos.

Gentalha insultuosa.

Chãos de boca cheia,
dúzia e meia de filosofia,
dedos metidos num nariz torcido.

Moral em deleite físico.

Querer desconhecido,
vilão tenaz de pernas cruzadas,
cunhos tabus derrubados em traços elitistas.

Conação acústica.

Vista de pássaro,
queixa de ombro encolhido,
rebanhos de ovelhas robôs sem pastor.

Psicose pânico.

Ringues de pudor,
aglomerados de gente,
olhos de gelo picado pecam pisca-pisca.

Libidinoso vidrado.

Ego faísca,
insignificante íris,
passadeira de pescoços enforcados.

Inclemências pitorescas.

Iluminados esmurros,
auge do que está feito está feito,
miscelânea pessoa mordida por maiúsculas.

Manguito.