Psico-retrato

Sou eu mesmo! Aquele que se vê
No reflexo do charco, iluminado pela lua
Perdido no pensamento e na rua
E que não crê!

Aquele que por se encontrar
Perde-se num divagar
Que sente por suspiros abafados,
Os dardos lançados
Do outro lado do pensamento
E que o penetra a todo o momento.

Sim! Eu sei que sou eu, sem alma e temeroso
Mas não quero que eu seja
E todo o meu corpo boceja….penoso

Não era isto que eu queria
Deuses e santos
A todos os cantos.
Que agonia!!!!

Pensei, ver-me num espectáculo de luto
Numa alegria infindável
Assim tudo, para mim, seria afável
E as imagens seriam a bruto.

Bruto! É como me sinto
Ao ver em que fiquei, sem querer ficar
E uma lembrar
E é a mesma em mim permito.