CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Casimiro de Abreu : Cena íntima
Como estás hoje zangada
E como olhas despeitada
Só p'ra mim!
- Ora diz-me: esses queixumes,
Esses injustos ciúmes
Não têm fim?
Que pequei eu bem conheço,
Mas castigo não mereço
Por pecar;
Pois tu queres chamar crime
Render-me à chama sublime
Dum olhar!
Por ventura te esqueceste
Quando de amor me perdeste
Num sorrir?
Agora em cólera imensa
Já queres dar a sentença
Sem me ouvir!
E depois, se eu te repito
Que nesse instante maldito
- Sem querer -
Arrastado por magia
Mil torrentes de poesia
Fui beber!
Eram uns olhos escuros
Muito belos, muito puros,
Como os teus!
Uns olhos assim tão lindos
Mostrando gozos infindos,
Só dos céus!
Quando os vi fulgindo tanto
Senti no peito um encanto
Que não sei!
Juro falar-te a verdade...
Foi decerto - sem vontade -
Que eu pequei!
Mas hoje, minha querida,
Eu dera até esta vida
P'ra poupar
Essas lágrimas queixosas,
Que as tuas faces mimosas
Vêm molhar!
Sabe ainda ser clemente,
Perdoa um erro inocente
Minha flor!
Seja grande embora o crime
O perdão sempre é sublime
Meu amor!
Mas se queres com maldade
Castigar quem - sem vontade -
Só pecou;
Olha, linda, eu não me queixo,
A teus pés cair me deixo...
Aqui stou!
Mas se me deste, formosa,
De amor na taça mimosa
Doce mel;
Ai! deixa que peça agora
Esses extremos d'outrora
O infiel:
Prende-me... nesses teus braços
Em doces, longos abraços
Com paixão;
Ordena com gesto altivo...
Que te beije este cativo
Essa mão!
Mata-me sim... de ventura,
Com mil beijos de ternura
Sem ter dó,
Que eu prometo, anjo querido,
Não desprender um gemido,
Nem um só!
Submited by
Poesia Consagrada :
- Se logue para poder enviar comentários
- 376 leituras
other contents of CasimirodeAbreu
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Fotos/ - | Casimiro de Abreu | 0 | 1.569 | 11/24/2010 - 00:38 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Casimiro de Abreu : *** | 0 | 1.289 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Casimiro de Abreu : Fragmento | 0 | 1.261 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Casimiro de Abreu : Anjo! | 0 | 1.615 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Casimiro de Abreu : Última folha | 0 | 1.116 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Dedicado | Casimiro de Abreu : À morte de Affonso de A. Coutinho Nesseder estudante da Escola Central | 0 | 1.394 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Casimiro de Abreu : Berço e túmulo | 0 | 1.118 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Casimiro de Abreu : Infância | 0 | 1.013 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Casimiro de Abreu : A uma platéia | 0 | 1.343 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Tristeza | Casimiro de Abreu : No túmulo dum menino | 0 | 2.643 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Dedicado | Casimiro de Abreu : A J. J. C. Macedo-Júnior | 0 | 1.582 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Casimiro de Abreu : Uma história | 0 | 1.159 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Dedicado | Casimiro de Abreu : No leito | 0 | 1.578 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Casimiro de Abreu : Pois não é?! | 0 | 946 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Casimiro de Abreu : Na estrada | 0 | 1.189 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Casimiro de Abreu : No jardim | 0 | 1.203 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Tristeza | Casimiro de Abreu : Horas tristes | 0 | 2.095 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Casimiro de Abreu : Dores | 0 | 1.152 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Casimiro de Abreu : Amor e medo | 0 | 1.159 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Casimiro de Abreu : Perdão! | 0 | 1.124 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Casimiro de Abreu : Mocidade | 0 | 1.150 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Casimiro de Abreu : Noivado | 0 | 1.030 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Casimiro de Abreu : De joelhos | 0 | 1.365 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Casimiro de Abreu : Três cantos | 0 | 1.208 | 11/19/2010 - 16:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Casimiro de Abreu : Ilusão | 0 | 1.043 | 11/19/2010 - 16:54 | Português |
Add comment