CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Epicédio
Passa la bella donna e par che dorma. --
Tasso
Seu rosto pálido e belo
Já não tem vida nem cor!
Sobre ele a morte descansa,
Envolta em baço palor.
Cerraram-se olhos tão puros,
Que tinham tanto fulgor;
Coração que tanto amava
Já hoje não sente amor;
Que o anjo belo da morte
A par desse anjo baixou!
Trocaram brandas palavras,
Que Deus somente escutou.
Ventura, prazer, ledice
Duma outra vida contou;
E o anjo puro da terra
Prazer da terra enjeitou.
Depois co'as asas candentes
O formoso anjo do céu
Roçou-lhe a face mimosa,
Cobriu-lhe o rosto co'um véu.
Depois o corpo engraçado
Deixou à terra sem vida,
De tênue palor coberto,
- Verniz de estátua esquecida.
E bela assim, como um lírio
Murcho da sesta ao ardor,
Teve a inocência dos anjos,
Tendo o viver duma flor.
Foi breve! - mas a desgraça
A testa não lhe enrugou,
E aos pés do Deus que a crIara
Alma inda virgem levou.
Sai da larva a borboleta,
Sai da rocha o diamante,
De um cadáver mudo e frio
Sai uma alma radiante.
Não choremos essa morte,
Não choremos casos tais;
Quando a terra perde um justo,
Conta um anjo o céu de mais.
Submited by
Poesia Consagrada :
- Se logue para poder enviar comentários
- 482 leituras
other contents of AntonioGoncalvesDias
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
![]() |
Fotos/ - | Gonçalves Dias | 0 | 1.400 | 11/23/2010 - 23:37 | Português |
Poesia Consagrada/Geral | Rosa no mar! | 0 | 1.066 | 11/19/2010 - 15:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Sempre ela | 0 | 1.120 | 11/19/2010 - 15:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Se muito sofri já, não me perguntes | 0 | 973 | 11/19/2010 - 15:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Amor | Se se morre de amor | 0 | 2.005 | 11/19/2010 - 15:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Sobre o túmulo de um menino | 0 | 1.046 | 11/19/2010 - 15:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Voltas e mortes glosados | 0 | 1.270 | 11/19/2010 - 15:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Zulmira | 0 | 1.220 | 11/19/2010 - 15:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Minha terra! | 0 | 1.241 | 11/19/2010 - 15:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Não me deixes! | 0 | 969 | 11/19/2010 - 15:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | No jardim! | 0 | 1.133 | 11/19/2010 - 15:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Amor | O Amor | 0 | 1.823 | 11/19/2010 - 15:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | O Gigante de Pedra | 0 | 1.031 | 11/19/2010 - 15:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Oh! Que acordar! | 0 | 1.057 | 11/19/2010 - 15:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Olhos Verdes | 0 | 1.095 | 11/19/2010 - 15:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | O que mais dói na vida | 0 | 1.021 | 11/19/2010 - 15:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Palinódia | 0 | 1.041 | 11/19/2010 - 15:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Pensas tu, bela Anarda, que os poetas | 0 | 1.470 | 11/19/2010 - 15:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Que me Pedes | 0 | 1.092 | 11/19/2010 - 15:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Retratação | 0 | 1.442 | 11/19/2010 - 15:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Rola | 0 | 1.552 | 11/19/2010 - 15:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | A Tempestade | 0 | 1.247 | 11/19/2010 - 15:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | As artes são irmãs | 0 | 1.073 | 11/19/2010 - 15:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | As duas coroas | 0 | 1.533 | 11/19/2010 - 15:54 | Português | |
Poesia Consagrada/Geral | Canção | 0 | 1.117 | 11/19/2010 - 15:54 | Português |
Add comment