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A Filha de Maria Angu– Ato Terceiro - Cena I

Um arraial em Maria Angu, na noite da festa do Espírito Santo. Fogos de artifício. Balões de papel. À direita casa do Juiz da Festa e à esquerda um igrejinha, abertas ambas e iluminadas.

Cena I

Cardoso, Guilherme, Botelho, Chica Pitada, Gaivota, Teresa, Operários, Festeiros, povo, depois o Juiz da Festa

(Ao levantar o pano vem do fundo o bando do Espírito Santo. À frente o Imperador representado por uma criança. repiques de sino. Foguetes.)

Coro de Festeiros - Entoemos nosso hino

Perante o celeste altar,

Para louvar o Divino,

Para o Divino louvar!

(O bando do Espírito Santo entra na igreja.)

O Juiz da Festa (Saindo da casa e dirigindo-se aos que ficaram em cena.) Então, rapaziada! Venham trincar uma perna de peru cá em minha casa! Eu sou o Juiz da Festa! Viva o divino Espírito Santo!

Todos - Viva! viva o Juiz! Vamos! vamos!... (Festeiros e homens do povo seguem o Juiz, que entra em casa.)

Gaivota - Então? Não vamos nós também?

Guilherme - Eu não! Vão vocês, se quiserem!

Chica - Ora! é tão bom trincar uma perna de peru!

Cardoso - Trincar! Seria preciso que não tivéssemos coração!

Botelho - E que tivéssemos fome!

Cardoso - Trincar uma perna de peru quando não sabemos o fim que levou nossa filha!

Gaivota - Sabemos que não está presa, porque escreveu-nos, dizendo que a esperássemos hoje.

Botelho - Mas para que diabo foi aquela rapariga ler o maldito Imparcial? Isto é que me tem feito pensar!

Guilherme - E o que foi fazer na Corte com o subdelegado?.. Nadamos num oceano de conjeturas!

Chica - Uma mosca morta que não levanta os olhos!

Teresa - Parecia uma santinha!

Gaivota - De pau carunchoso!

Cardoso (Tirando uma carta da algibeira.) - Se ainda esta carta nos pusesse ao fato de alguma coisa, mas de fato não põe ao fato de coisa alguma! (Lê.) “Peço a Todos os meus pais e mães que hoje à noite se achem às oito horas na festa do Espírito Santo. Eu lá irei ter, e tudo saberão. Clarinha.”

Gaivota - Bem! uma vez que nos vem dizer tudo...

Teresa - É porque nada tem que ocultar.

Botelho - Está sabido! Mas queira Deus que ela diga toda a verdade... (Rumor fora.)

Todos (Subindo ao fundo.) Que é? Que é?

Chica - Uma moça bem vestida! Como vem cercada de povo! Aquilo é senhora da cidade!

Cardoso - Mas não! é ela! é a nossa rica filha!

Todos - Clarinha!

Botelho - Ei-la aí vem!..

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quarta-feira, abril 15, 2009 - 22:29

Poesia Consagrada :

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ArturdeAzevedo

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