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Noutes de Chuva

Noutes de Chuva

Eu não sei, ó meu bem, cheio de graças!
Se tu amas no Outomno - já sem rosas! -
A longa e lenta chuva nas vidraças,
E as noutes glaciaes e pluviosas!

N'essas noutes sem luz, que - visionarios-
Temos chymeras misticas, celestes,
E scismamos nos pobres solitarios
Que tiritam debaixo dos cyprestes!

Que evocamos os liricos passados,
As chymeras, e as horas infelizes,
Os velhos casos tristes olvidados,-
E os mortos corações sob as raizes!

N'essas noutes, meu bem! em que desfeito
Cae o frio granizo nas estradas,
E tanto apraz, sonhando, sobre o leito,
Ouvir a longa chuva nas calçadas!

N'essas noutes, electricas, nervosas,
Todas cheias d'aromas outonaes,
Que a tristeza tem formas monstruosas
Como n'um sonho os porticos claustraes.

Noutes só em que o sabio acha prazeres,
- Tão ignorados dos crueis profanos! -
E em que as nervosas, mysticas mulheres,
Desfallecem chorando nos pianos.

N'essas noutes, meu bem! é que os poetas
Tem ás vezes seus sonhos mais brilhantes,
Folheam suas obras predilectas...
- E evocam rostos... e visões distantes!

António Gomes Leal

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quarta-feira, abril 1, 2009 - 02:52

Poesia Consagrada :

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