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Nova Viagem à Lua - Ato Primeiro - Cena VII

Cena VII

Arruda (Só)

(Descendo.) - Pois ou eu não me chamo Arruda, ou não dou um pulo até a Casta Diva! Hei de plantá a bandeira brasileira lá em cima. (Batendo no livro, que ainda conserva na mão.) Diz este home que aquilo por lá é uma coisa incomparave. Que home sabido! É um sábio! É um sabão! O moleque é case superiô ao Ayer! Isto! (Tirando a folhinha.) Isto também é obra! Quando ele diz que chove, é porque chove memo; já não saio de casa nem a cacete! Até o dia d’hoje não tem faiado. É aquela certeza! Entonces na Oropa, dize as foia que inda é mió. - Ora, eu tive um companheiro e amigo lá no Seminário...( eu já fui fromigão, deixei por não ter queda pro latinório)... esse meu dito companheiro era tão teimoso que, se tivesse aqui, era capaz de dizê que este Monsiú não foi à Lua! (Bate no livro.) Fiquemo de mal porque ele dizia que a batina do senhor reitor era de cetim e eu, que de merino. Palavra puxa palavra, e pan! fiquemo brigado. Eu peguei, deixei o dito Seminário e entonces vim pra fazenda, prometendo nunca mais vortá à corte. Nesse tempo era vivo o defunto meu pai e a defunta minha mãe, e ambos e dois me aprovou. Tenho cumprido a minha dita promessa, porque em teima ninguém me ganha. (Os negros entoam no eito o jongo da primeira cena.) Oh! a minha gente está muito adivertida! É porque mandei adistribuir uma ração de parati e roupa nova de riscado grosso. Como sou feliz, quero que a dita minha gente seje também.

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quinta-feira, abril 16, 2009 - 00:05

Poesia Consagrada :

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ArturdeAzevedo

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