CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

Nova Viagem à Lua - Ato terceiro - Cena XII

Cena XII

Doutor Cábula, Luís, Santos, Arruda, Sara e Machadinho

Machadinho (Aproximando-se.) - Senhor Santos, Senhor Arruda, eu explico o caso.. o Senhor Arruda supõe que fez uma viagem à Lua, ao passo que a viagem que fez foi apenas de sua fazenda à corte, onde está.

Arruda - Na corte! Eu tou na corte! Ué! Eu não esperava isso de Sua Senhoria, seu doutô (Puxando as orelhas de Luís.) Venha cá, seu rei da Lua, então vacê mangou de seu pai...

Luís - Papai...

Machadinho - Perdão, o autor do quiproquó foi este seu criado. Eu sabia da divergência que há entre o senhor e o Senhor Santos, e da promessa que o senhor havia feito de não por os pés na corte. O Senhor Santos só consentia no casamento de Luís com Dona Zizinha com a condição que o senhor viesse ao Rio de Janeiro. Por amizade a seu filho e aproveitando o desejo que o senhor tinha de ir à Lua...

Arruda - Que bonita figura fiz eu, sim senhô, não tem que vê!

Santos - Já que está, consinta no casamento daqueles dois pombinhos...

Arruda (De maus humor.) - Já consenti!

Luís - Obrigado, papai. (Beija as mãos do pai.)

Arruda - Saía daqui, filho de um burro!

Machadinho - Agora, um favor, Senhor Arruda, estenda a mão ao seu ex-condiscípulo, e o passado, passado.

Santos e Arruda - Ele que estenda {primeiro

{ premero

Doutor Cábula - Eu concilio tudo, apesar de não ser da família. (Toma as mãos de ambos e une-as.) Ego conjugo vobis.

Sara - Tableau!

Santos e Arruda - Eu sempre gostei dele, mas é muito teimoso.

Arruda - Mas, enfim, onde estamo nós?

Machadinho - Deixe para mais tarde as minudências... logo saberá de tudo... (A Luís.) Hás de ser o único de ir à lua... à lua de mel! (A Arruda.) O saque está em mão do Luís; não tocamos em um real.

Arruda - Pois guarda ele, Lulu: é teu dote.

Santos (Dirigindo-se a Sara.) - Contigo é que não faço as pazes... Não me apanhas nem mais um vintém.

Sara - Mas...

Santos - Psiu... (Consigo.) - Um funcionário público, meu Deus!

Arruda - Não leio mais novelas do tal Seu Júlio Verne.

Machadinho - Hei de oferecer-lhe um livro de Vítor Hugo: A arte de ser avô.

Sara (A Santos.) - Est-ce que tu va rester fâchê comm’ça?

Santos - Veremos... Um pai de família... com cinco filhos e vinte e cinco anos e quatro meses de serviços públicos. (Deixa-se enlaçar por Sara.)

Arruda (Com uns longes de zelos, à parte.) - As muié são mesmo assim: farsa como elas só. (Entra Fonseca, de braço dado com Chiquinha, acompanhados de Todos os personagens.)

Submited by

quinta-feira, abril 16, 2009 - 00:25

Poesia Consagrada :

No votes yet

ArturdeAzevedo

imagem de ArturdeAzevedo
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 14 anos 20 semanas
Membro desde: 04/15/2009
Conteúdos:
Pontos: 450

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of ArturdeAzevedo

Tópico Título Respostas Views Last Postícone de ordenação Língua
Poesia Consagrada/Teatro A Filha de Maria Angu– Ato Terceiro - Cena I 0 1.173 11/19/2010 - 16:53 Português
Poesia Consagrada/Teatro A Filha de Maria Angu– Ato segundo - Cena II 0 980 11/19/2010 - 16:52 Português
Poesia Consagrada/Teatro A Filha de Maria Angu– Ato segundo - Cena III 0 691 11/19/2010 - 16:52 Português
Poesia Consagrada/Teatro A Filha de Maria Angu– Ato segundo - Cena IV 0 581 11/19/2010 - 16:52 Português
Poesia Consagrada/Teatro A Filha de Maria Angu– Ato primeiro - Cena IV 0 633 11/19/2010 - 16:52 Português
Poesia Consagrada/Teatro A Filha de Maria Angu– Ato primeiro - Cena V 0 772 11/19/2010 - 16:52 Português
Poesia Consagrada/Teatro A Filha de Maria Angu– Ato primeiro - Cena VI 0 1.025 11/19/2010 - 16:52 Português
Poesia Consagrada/Teatro A Filha de Maria Angu– Ato primeiro - Cena VII 0 873 11/19/2010 - 16:52 Português
Poesia Consagrada/Teatro A Filha de Maria Angu– Ato primeiro - Cena VIII 0 756 11/19/2010 - 16:52 Português
Poesia Consagrada/Teatro A Filha de Maria Angu– Ato primeiro - Cena IX 0 697 11/19/2010 - 16:52 Português
Poesia Consagrada/Teatro A Filha de Maria Angu– Ato primeiro - Cena X 0 949 11/19/2010 - 16:52 Português
Poesia Consagrada/Teatro A Filha de Maria Angu– Ato primeiro - Cena XI 0 774 11/19/2010 - 16:52 Português
Poesia Consagrada/Teatro A Filha de Maria Angu– Ato primeiro - Cena XII 0 699 11/19/2010 - 16:52 Português
Poesia Consagrada/Teatro A Filha de Maria Angu– Ato primeiro - Cena XIII 0 718 11/19/2010 - 16:52 Português
Poesia Consagrada/Teatro A Filha de Maria Angu– Ato primeiro - Cena XIV 0 696 11/19/2010 - 16:52 Português
Poesia Consagrada/Teatro A Filha de Maria Angu– Ato primeiro - Cena XV 0 681 11/19/2010 - 16:52 Português
Poesia Consagrada/Teatro A Filha de Maria Angu– Ato primeiro - Cena XVI 0 590 11/19/2010 - 16:52 Português
Poesia Consagrada/Teatro A Filha de Maria Angu– Ato segundo - Cena I 0 569 11/19/2010 - 16:52 Português
Poesia Consagrada/Soneto Arrufos 0 1.855 11/19/2010 - 16:52 Português
Poesia Consagrada/Soneto Impressões de Teatro 0 1.899 11/19/2010 - 16:52 Português
Poesia Consagrada/Soneto Uma Observação 0 2.082 11/19/2010 - 16:52 Português
Poesia Consagrada/Teatro A Filha de Maria Angu - Introdução 0 822 11/19/2010 - 16:52 Português
Poesia Consagrada/Teatro A Filha de Maria Angu– Ato primeiro - Cena I 0 773 11/19/2010 - 16:52 Português
Poesia Consagrada/Teatro A Filha de Maria Angu– Ato primeiro - Cena II 0 1.098 11/19/2010 - 16:52 Português
Poesia Consagrada/Teatro A Filha de Maria Angu– Ato primeiro - Cena III 0 650 11/19/2010 - 16:52 Português